As carícias do olhar são as mais adoráveis, chegam ao fundo da alma, aos limites do Ser, e libertam assim segredos inefáveis de outro modo em silêncio, e sem ninguém saber.
Os beijos puros são grosseiros junto a elas, mais que qualquer palavra o seu falar é forte, nada exprime melhor, no mundo, as coisas belas que passam num momento, em efêmera sorte.
Quando a idade envelhece a boca em seu sorrir que as rugas vão marcando aos poucos de amargura, intacta ainda mantêm sua límpida ternura.
Feitas para inebriar, consolar,seduzir, guardam toda a doçura, e os ardores e o encanto! Que outra carícia em luz trespassa o nosso pranto?
Desculpem-me os infelizes, mas estou explodindo de felicidade Desculpem-me os insensíveis, mas quero morrer nesse sentir Desculpem-me os surdos, pelo deleite que essa música me traz E os mal-amados, porque morro de amor... Os abstêmios, pelo prazer que essa bebida me proporciona.... Os cansados, desiludidos, carentes.... Sou plena, intensamente eu, amada, desejada, querida. Desculpem-me os famintos: delicio-me com esse prato. Desculpem-me os poetas... não pretendo fazer poesia... Sou, simplesmente. Com toda a liberalidade das paixões, Com toda a consciência do ser, do estar, do sentir, do querer. E que venham todos: amados, amantes, mal-amados. Postem-se, todos. Meu querer os prostrará.
Tudo me faz lembrar de você qualquer canção qualquer lugar faz eu te querer faz eu te lembrar quando penso em você, meu pensamento quer voar no azul do seu sobre o azul do mar!
Por seu apreço à natureza, é mundialmente conhecido como o santo patrono dos animais e do meio ambiente. Senhor: Fazei de mim um instrumento de vossa Paz. Onde houver Ódio, que eu leve o Amor, Onde houver Ofensa, que eu leve o Perdão. Onde houver Discórdia, que eu leve a União. Onde houver Dúvida, que eu leve a Fé. Onde houver Erro, que eu leve a Verdade. Onde houver Desespero, que eu leve a Esperança. Onde houver Tristeza, que eu leve a Alegria. Onde houver Trevas, que eu leve a Luz!
Ó Mestre, fazei que eu procure mais: consolar, que ser consolado; compreender, que ser compreendido; amar, que ser amado. Pois é dando, que se recebe. Perdoando, que se é perdoado e é morrendo, que se vive para a vida eterna!
Não vou pôr-te flores de laranjeira no cabelo nem fazer explodir a madrugada nos teus olhos. Eu quero apenas amar-te lentamente como se todo o tempo fosse nosso como se todo o tempo fosse pouco como se nem sequer houvesse tempo. Soltar os teus seios. Despir as tuas ancas. Apunhalar de amor o teu ventre.
Estou mais perto de ti porque te amo. Os meus beijos nascem já na tua boca. Não poderei escrever teu nome com palavras. Tu estás em toda a parte e enlouqueces-me.
Canto os teus olhos mas não sei do teu rosto. Quero a tua boca aberta em minha boca. E amo-te como se nunca te tivesse amado porque tu estás em mim mas ausente de mim.
Nesta noite sei apenas dos teus gestos e procuro o teu corpo para além dos meus dedos. Trago as mãos distantes do teu peito.
Sim, tu estás em toda a parte. Em toda a parte. Tão por dentro de mim. Tão ausente de mim. E eu estou perto de ti porque te amo.
A poesia nos deve surpreender pelo seu delicado excesso e não porque é diferente. Os versos devem tocar nosso próximo, como se ele tivesse lembrado algo que nas noites dos tempos já conhecia em seu coração. A beleza de um poema não está na capacidade que ele tem de deixar alguém contente. A poesia é sempre uma surpresa, capaz de nos tirar a respiração por alguns momentos. Ela deve permanecer em nossas vidas como o pôr-do-sol: Algo milagroso e natural ao mesmo tempo. ( J. Keats )
Ainda te levarei Amor Para comer nozes frescas Na montanha E pendurar cerejas nas orelhas Como se fossem flores Ou rubis. As nozes Meu amor Mancham os dedos E são verdes e exatas Como ovos.
Estará tudo lá à nossa espera morangueiras quebradas lagartixas.
Só não estará meu medo de menina aquele mais escuro que os ciprestes ecos no mato passos sobre a ponte garras na saia vento nos cabelos e o latejar das veias repetindo estou sozinha e ninguém me salva.