
Humana fonte bela,
repuxo de delícia entre as coisas,
terna, suave água redonda,
mulher nua: um dia,
deixarei de te ver,
e terás de ficar
sem estes assombrados olhos meus,
que completavam tua beleza plena,
com a insaciável plenitude do seu olhar?
(Estios; verdes frondas,
águas entre as flores,
luas alegres sobre o corpo,
calor e amor, mulher nua!)
Limite exacto da vida,
perfeito continente,
harmonia formada, único fim,
definição real da beleza,
mulher nua: um dia,
quebrar-se-á a minha linha de homem,
terei que difundir-me
na natureza abstracta;
não serei nada para ti,
árvore universal de folhas perenes,
concreta eternidade!
Juan Ramón Jiménez, in "La Mujer Desnuda"
Olá amiga! Mais uma vez acertaste na escolha. Belo poema. Parabéns!
ResponderExcluirHoje ao acordar e fazer as minhas orações, agradeci a DEUS por ter-me proporcionado a graça de conseguir grandes amigos.
Muito obrigado pela tua amizade.
Beijos no coração e feliz dia dos amigos.
Rosemildo Sales Furtado