
A noite faz-se bela e iluminada.
Vésper brilhante, a confidente amiga
Surgiu no azul, estrela abençoada
Cujo fulgor os corações abriga!
E, da tela infinita a luz dourada,
Essa luz que consola e que mitiga
A saudade, o pesar, a dor antiga
No eflúvio do céu carícia amada.
Desperta dentro em mim viva lembrança
De ventura que foge e não se alcança,
Por que no mundo é tudo falso e vão
E enquanto pelo céu Vésper fulgura,
Sinto envolver-me a treva da amargura
A noite sem estrela e sem clarão.
Francisca Clotilde. A Estrella, dez de 1915
Vésper??!!..Fiquei a saber um pouquinho.
ResponderExcluirAbraço
Olá amiga! Passando para te desejar um ótimo domingo e dizer que adorei o soneto, com ênfase para o quarteto abaixo:
ResponderExcluirE, da tela infinita a luz dourada,
Essa luz que consola e que mitiga
A saudade, o pesar, a dor antiga
No eflúvio do céu carícia amada.
Beijos e muita paz pra ti e para os teus.
Furtado.