
A noite esqueceu
no côncavo de uma folha
vizinha de um riacho,
um pingo d’água.
Veio o sol
como uma rosa grande ardendo em febre
envolveu a pequenina gota
num punhado de cores.
Pingo d’água acordou,
olhou para baixo,
gostou do riacho…
Sonhou ser assim,
ser riacho também…
E correr,
e crescer,
ir além…
ser um rio bem grande,
maior do que ninguém…
veio o vento
de repente
e desgarrou da folha o pingo d’água.
Pingo d’água morreu.
Pingo d’água perdeu-se no riacho.
Pingo d’água sou eu.
Jacy Pacheco
Bonito...Sós, não somos ninguém....
ResponderExcluirBeijo