
-No chão do meu quintal, que rústico era,
Eu, que de sonhos enfeitava a vida,
Numa linda manhã de primavera,
Plantei ramos de uma árvore caída…
-
E, cheio de ilusão e de quimera,
Abandonei a terra estremecida
Como o viajante que atingir espera
A rósea meta, a que o Ideal convida…
-
Anos depois voltei… Na alma cansada
nem mais um sonho, uma ilusão trazia
Porque tudo eu perdera na jornada.
-
Mas, cada ramo que plantei a esmo,
Era uma árvore imensa que floria
Para arrimo e conforto de mim mesmo.
Aristeu Bulhões
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