
Nem palavras de adeus, nem gestos de abandono.
Nenhuma explicação. Silêncio. Morte. Ausência.
O ópio do luar banhando os meus olhos de sono...
Benevolência. Inconsequência. Inexistência.
Paz dos que não têm fé, nem carinho, nem dono...
Todo o perdão divino e a divina clemência!
Oiro que cai dos céus pelos frios do outono...
Esmola que faz bem... — nem gestos, nem violência...
Nem palavras. Nem choro. A mudez. Pensativas
abstrações. Vão temor de saber. Lento, lento
volver de olhos, em torno, augurais e espectrais...
Todas as negações. Todas as negativas.
Ódio? Amor? Ele? Tu? Sim? Não? Riso? Lamento?
— Nenhum mais. Ninguém mais. Nada mais. Nunca mais...
Cecília Meireles
Minha querida
ResponderExcluirQue poema maravilhoso, adorei e deixo um beijinho com carinho.
Sonhadora
Ninguém mais. Nada mais.
ResponderExcluirBonito soneto.....
Beijo
Lindo.
ResponderExcluirBeijo
Mara minha querida, que bom poder estar de volta... Enfim o problema do blog foi resolvido...
ResponderExcluirO que dizer de um soneto da Cecília não é??
Perfeito, lindo!
Uma semana feliz e abençoada pra ti e muito obrigada pelo carinho das palavras no meu blog!
Rosana