
Enquanto finda a tarde, atrás de um monte,
E a mata silencia - o Sol é posto -,
Procuro, inda, na aurora, ao horizonte,
Brilho e beleza, como há no teu rosto.
A saudade que sinto, agora, é fonte
Da imensa dor, à qual estou exposto.
Rezo ao entardecer, então, que aponte,
Antes da noite, um fim prá o meu desgosto.
Pois sei que a Lua vai me achar sofrendo
E, se eu dormir, será pelo cansaço
Da longa espera prá te ver chegando.
Mas, mesmo quase eterno o sono sendo,
Não terei esquecido o teu abraço
Se, ao acordar, inda estiver chorando.
Bernardo Trancoso
Oi Mara! Passando para apreciar mais uma das tuas belas escolhas. Belo soneto do Bernardo Trancoso. Foste muito feliz ao escolhê-lo. Parabéns!
ResponderExcluirBeijos,
Furtado.
E, se eu dormir, será pelo cansaço
ResponderExcluirDa longa espera prá te ver chegando.
Bonito soneto