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sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Mariona Cabassa

Mariona Cabassa é uma excelente e versátil ilustradora catalã. As cores, formas e personagens (muitos deles meninos e meninas) são muito próximos e pessoais. Ilustrações brilhantes e com um toque de humor.





terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Te Quero Porque Te Amo


Por que te quero? É o que me pergunto, por quê?
Essa forma silenciosa de te amar
Que não consigo entender nem explicar
Esse modo louco de te querer

Uma obstinação por ti, que não notas, não vês
Ignoras os meus apelos, fechas o coração
Os olhos, sem saber o carinho que trago nas mãos
Ah, se pudesses ao menos perceber!

Apesar de tudo sigo te amando sem nada dizer
Quando tento esclarecer, perco a calma, me altero
Tudo exagero, grito, reclamo...

Será que é tão difícil entender
Por que te quero?
Te quero porque te amo!


Walter Pereira Pimentel

domingo, 15 de janeiro de 2012

Um Domingo Sem Ti...



Um domingo sem ti, de ti perdido,
é como um túnel de paredes cinzas
aonde vou iluminado pelo teu nome;
é uma noite clara sem sabê-lo
ou uma segunda-feira disfarçada de domingo;
é como um dia azul sem tua permissão.
Chove neste poema, tu o sentes
com tua alma vizinha do cristal;
chove tua ausência como uma água triste
e azul sobre minha fronte desterrada.

Compreendi como uma palavra
pequena, igual a um alfinete de lua
ou um leve coração de mariposa,
alçar pode muralhas infinitas,
matar uma manhã, de repente,
evaporar azuis e jardins,
esmagar um dia como se fora um lírio,
transformar estrelas em grãos de sal.

Compreendi como uma palavra
da matéria azul das espadas
e com aguda vocação de espinho
pode estar na luz como uma ferida
que nos dói no centro da vida.

Chove neste poema e o domingo
gira como um longínquo carrossel;
tão perto estás de mim que não te vejo,
feita de minhas palavras e de meu sonho.

Penso em ti além da distância,
com tua voz que me inventa os domingos
e o sorriso como uma vaga pétala
caindo do teu rosto sobre minh’alma.

Com sua folha voando para a noite,
raiado de garoa e desencanto,
este domingo sem teu visto
chega como uma carta equivocada.

A tarde, menina, tem essa tristeza
do ar onde houve antes uma rosa;
eu estou aqui, rodeado de tua ausência,
feito de amor e sozinho como um homem.

Eduardo Carranza