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sábado, 15 de agosto de 2009

FILME DE ANIMAÇÃO BRASILEIRO PREMIADO NO IRÃ





Filmes, livros, espetáculos, músicas, tudo que envolve crianças desperta meu interesse. Então, quando li sobre Garoto Cósmico, do ilustrador paulista Alê Abreu, fiquei mais que curiosa. Descobri que o filme está tendo uma trajetória brilhante. Tem sido exibido em festivais e mais festivais pelo mundo afora, sem falar em escolas e eventos especiais para crianças, já virou DVD e até livro. Para completar, Arnaldo Antunes tem uma participação especial e Raul Cortez, Belchior e Vanessa da Mata fazem as vozes de alguns personagens.
A história é super interessante, sem falar no já conhecido e reconhecido traço fantástico de Alê. O filme conta a história de três crianças que vivem num mundo futurista, onde as vidas são totalmente programadas. Uma noite, Cósmico, Luna e Maninho se perdem no espaço e descobrem um universo infinito, esquecido num pequeno circo, onde vivem muitas aventuras e experiências.

O longa-metragem acaba de conquistar um prêmio especial no 23º Festival de Cinema de Crianças e Jovens Adultos de Hamedan, realizado no Irã. No Irã, gente, olhem até onde foi esta equipe! Mesmo sem ir tão longe, também ganhou o Grande Prêmio Cinema Brasil de Melhor Filme de Animação e foi indicado na categoria de Melhor Filme Infantil. Aplausos vibrantes.

GAROTO CÓSMICO - Trailer -

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

O MAL


O Mal

Elle estava sentado, ao fim do dia,
Sobre as ruinas de velhas tradições,
Soltando ao largo as trovas da Agonia
Entre um côro de eternas maldições.

Tinha na face encarquilhada e fria
A sordidez dos infimos ladrões;
E na dextra uma taça, onde bebia
O sangue de extinctas gerações.

Eu, ao vêl-o, bradei: Porque é que existes,
Tu, que geras o Horror, e a elle assistes
Tranquilo, como á queda de Salém?

Porque, ó Mal? - E o Mal, sombrio e tôrvo,
Fitou em mim o seu olhar de côrvo,
E respondeu-me: Porque existe o Bem.


Narciso de Lacerda

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

quarta-feira, 12 de agosto de 2009


Big city blues

Noite. Tédio. Vitrola.
Do disco negro uma espiral se desenrola
e estica-se no céu. E nessa corda tesa
toda a minha tristeza
balança
e dança...
E, nem sei bem por que,
eu começo a escrever para você:

- "Como eu penso em você nessa noite de insônia!
"Lá em baixo, alva de lua, a cidade ressona:
"a cidade que foi minha cidade...
"Foi. Não é mais. Agora é uma pobre saudade,
"uma saudade longa de mim mesmo,
"de você, de nós dois, de tudo o que vivemos
"por essas ruas tristes, paralelas,
"que não se encontram mais...(Não serão elas
"como nós dois, agora?...)

(...)

Mas minha mão parou. Da pena adormecida
ficaram, no papel inerte em que eu escrevo,
em vez do meu amor, estes versos sem nervos...
Meus "diabinhos azuis",
meus pobres big city blues...


Guilherme de Almeida

Rick Wakeman Return to the Center of the Earth

terça-feira, 11 de agosto de 2009

domingo, 9 de agosto de 2009

Edith Piaf L'Hymne à l'amour

VARIAÇÕES EM TOM MENOR


VARIAÇÕES EM TOM MENOR

Para jardim te queria.
Te queria para gume
ou o frio das espadas.
Te queria para lume.
Para orvalho te queria
sobre as horas transtornadas.

Para a boca te queria.
Te queria para entrar
e partir pela cintura.
Para barco te queria.
Te queria para ser
canção breve, chama pura.



Eugénio de Andrade