O artista chama-se Jean-luc Cornec e as ovelhas encontram-se no Museu de Comunicações em Frankfurt.Cada uma delas é feita de telefones e fios.
Esta é uma das mostras de arte contemporânea mais imaginativas, inteligentes, inusitadas e bem conseguidas dos últimos anos. A exposição abre o diálogo sobre a importância da arte, do design e da criatividade no que toca à reutilização dos mais diversos materiais, com fins ecológicos e não só.
VISITANTES
sexta-feira, 20 de julho de 2012
quarta-feira, 18 de julho de 2012
Personagem
Teu nome é quase indiferente
e nem teu rosto já me inquieta.
A arte de amar é exactamente
a de se ser poeta.
Para pensar em ti, me basta
o próprio amor que por ti sinto:
és a ideia, serena e casta,
nutrida do enigma do instinto.
O lugar da tua presença
é um deserto, entre variedades:
mas nesse deserto é que pensa
o olhar de todas as saudades.
Meus sonhos viajam rumos tristes
e, no seu profundo universo,
tu, sem forma e sem nome, existes,
silêncio, obscuro, disperso.
Teu corpo, e teu rosto, e teu nome,
teu coração, tua existência,
tudo - o espaço evita e consome:
e eu só conheço a tua ausência.
Eu só conheço o que não vejo.
E, nesse abismo do meu sonho,
alheia a todo outro desejo,
me decomponho e recomponho.
Cecília Meireles
segunda-feira, 16 de julho de 2012
Soneto (Trinta )
Quando à corte silente do pensar
Eu convoco as lembranças do passado,
Suspiro pelo que ontem fui buscar,
Chorando o tempo já desperdiçado,
Afogo olhar em lágrima, tão rara,
Por amigos que a morte anoiteceu;
Pranteio dor que o amor já superara,
Deplorando o que desapareceu.
Posso então lastimar o erro esquecido,
E de tais penas recontar as sagas,
Chorando o já chorado e já sofrido,
Tornando a pagar contas todas pagas.
Mas, amigo, se em ti penso um momento,
Vão-se as perdas e acaba o sofrimento.
William Shakespeare
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