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sábado, 14 de novembro de 2009

2012 - O FIM DO MUNDO -






Alguns séculos atrás, os Maias deixaram-nos o seu calendário com uma data para o fim do Mundo.Desde então, os numerólogos encontram padrões que prevêem esta catástrofe, os geólogos dizem que a Terra vai dar de si,e nem mesmo os cientistas podem negar o cataclismo de proporções épicas que nos espera em 2012.Uma profecia que começou com os Maias já foi vastamente discutida,falada, desmontada e examinada. Em 2012, saberemos. Fomos avisados...

PERRY COMO - And I Love You -

GOSTOSO DEMAIS - Maria Bethânia -

TEMPO FLUVIAL


Se eu definisse o tempo como um rio,
a comparação levar-me-ia a tirar-te
de dentro da sua água, e a inventar-te
uma casa. Poria uma escada encostada
à parede, e sentar-te-ias num dos seus
degraus, lendo o livro da vida. Dir-te-ia:
«Não te apresses: também a água deste
rio é vagarosa, como o tempo que os
teus dedos suspendem, antes de virar
cada página.» Passam as nuvens no céu;
nascem e morrem as flores do campo;
partem e regressam as aves; e tu lês
o livro, como se o tempo tivesse parado,
e o rio não corresse pelos teus olhos.


Nuno Júdice

O JARDIM SECRETO DE BRUNO TORFS


O Jardim Secreto de Bruno Torfs
Perto de Melbourne, na Austrália, numa pequena cidade chamada Marysville, podemos encontrar um jardim original constituído por uma grande parte de floresta tropical. O que o torna peculiar é não só o fato de se situar dentro de uma área urbana mas, sobretudo, a enorme quantidade de esculturas que se encontram disseminadas por todo o lado. Ao todo, são mais de uma centena de figuras com formas de crianças, duendes, sereias, animais fantásticos e outros seres fabulosos que parecem saídos de um conto de fadas e que se fundem com o ambiente como se ali fosse a sua casa.
O autor dessas esculturas e também proprietário do jardim é Bruno Torfs, um artista sul-americano que se radicou na Austrália há alguns anos e aí encontrou terreno apropriado para concretizar este seu projecto. Começou com quinze esculturas ao ar livre e um pavilhão onde exibia mais algumas obras suas, tais como desenhos e pinturas. Porém, depressa se apercebeu das potencialidades da escultura e é nela que tem concentrado o seu trabalho. Atualmente, o jardim das esculturas é uma enorme galeria de arte no meio da Natureza, à qual continuamente são acrescentadas novas obras.








CANTIGA


Cantiga

A vida é linda,
mesmo doendo
nos desencontros
e despedidas,
mesmo sangrando
em malogrados,
áridos hortos,
searas maduras
de sofrimento.

Chegar ao porto
da vida finda
cantando sempre,
sonhando ainda.


Helena Kolody

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

STEVIE WONDER - Superstition -

SEXTA-FEIRA 13 - Superstição -



A sexta-feira no dia 13 de qualquer mês é considerada como um dia de azar. São muitas as possibilidades que existem para explicar esta superstição.
O número 13 é considerado de má sorte e a sexta-feira, no dia 13 de qualquer mês, é tida popularmente como um dia de azar. São muitas as possibilidades que existem para explicar esta superstição, aqui ficam apenas algumas:
O número 13 é considerado irregular, na numerologia, sinal de infortúnio;
A sexta-feira foi o dia em que Jesus foi crucificado e por isso, considerado também de azar;
Somamos o dia da semana de azar, sexta-feira, com o número de azar 13, e acreditam alguns que passamos a ter o mais azarado dos dias.
Mas ao que tudo indica, esta superstição também pode ter tido origem no dia 13 de Outubro de 1307, sexta-feira, quando a Ordem dos Templários foi declarada extinta, por Filipe IV de França, e os seus membros foram presos em todo o País e alguns torturados e mais tarde executados por heresia
Outra possibilidade pode estar no facto de Cristo ter sido morto numa sexta-feira 13;
Uma outra assenta na Santa Ceia, sentaram-se à mesa 13 pessoas, sendo que duas delas, Jesus e Judas, morreram logo a seguir de forma trágica.
Para além das explicações cristãs existem também outras justificações que provêm da mitologia nórdica, duas pelo menos. Uma conta que houve um banquete e 12 deuses foram convidados, nesse encontro Loki, espírito do mal e da discórdia, apareceu sem ser chamado e a sua presença, assim como, os desacatos que provocou terminaram na morte de Balder, o favorito. Daí a superstição de que convidar 13 pessoas para um jantar pode dar em desgraça. A outra diz que a deusa do amor e da beleza era Friga, que deu origem a frigadag, sexta-feira, e que quando as tribos nórdicas e alemãs se converteram ao cristianismo, esta deusa foi transformada em bruxa. Como vingança, Friga passou a reunir-se todas as sextas-feiras com mais 11 bruxas e o demónio, para rogar pragas aos humanos. Da Escandinávia a superstição espalhou-se pela Europa.


http://galeriacores.blogspot.com/

CARTOON







quinta-feira, 12 de novembro de 2009

NASCER DE NOVO


Nascer de novo

Nascer: fincou o sono das entranhas.
Surge o concreto,
a dor de formas repartidas.
Tão doce era viver
sem alma, no regaço
do cofre maternal, sombrio e cálido.
Agora,
na revelação frontal do dia,
a consciência do limite,
o nervo exposto dos problemas.

Sondamos, inquirimos
sem resposta:
Nada se ajusta, deste lado,
à placidez do outro?
É tudo guerra, dúvida
no exílio?
O incerto e suas lajes
criptográficas?
Viver é torturar-se, consumir-se
à míngua de qualquer razão de vida?

Eis que um segundo nascimento,
não advinhado, sem anúncio,
resgata o sofrimento do primeiro,
e o tempo se redoura.
Amor, este o seu nome.
Amor, a descoberta
de sentido no absurdo de existir.
O real veste nova realidade,
a linguagem encontra seu motivo
até mesmo nos lances de silêncio.

A explicação rompe das nuvens,
das águas, das mais vagas circunstâncias:
Não sou Eu, sou o Outro
que em mim procurava seu destino.
Em outro alguém estou nascendo.
A minha festa,
o meu nascer poreja a cada instante
em cada gesto meu que se reduz
a ser retrato,
espelho,
semelhança
de gesto alheio aberto em rosa.


Carlos Drummond de Andrade

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

ESTANTE DO TEMPO



Estante do tempo

As tuas mãos nervosas, quentes, largas,
harpejam nos meus sentidos
a música ideal da emoção.

Para os teus dedos criadores,
sou o piano mágico vibrando
ao influxo de tua ardente inquietação.

Tuas mãos frementes,
arrancam angústias sonorizadas
de meus nervos,
que se retesam como cordas harmoniosas.

Tuas mãos imperiosas,
tuas mãos rebeldes,
cantam silenciosas aleluias de gestos,
quando compõem poemas de volúpia,
gritos incontidos de alegria pagã,
correndo ligeiras,
leves,
torturantes,
no teclado branco de meu corpo...


Poema das tuas mãos
Violeta Branca (1915-2000)

MONT SAINT MICHEL





O monte Saint-Michel (francês Mont Saint-Michel) é um ilhote rochoso na embocadura do Couesnon, no departamento da Mancha, na França, onde foi construído um santuário em homenagem ao arcanjo São Miguel. Seu antigo nome é "monte Saint-Michel em perigo do mar" (Mons Sancti Michaeli in periculo mari).
Este mosteiro, fortificado no século XIII, integra um conjunto com mais três cidades cujas fortificações e desenvolvimento são notáveis: Aigues Mortes (1270-1276), ponto de reunião dos Cruzados rumo à Terra Santa, Carcassone, célebre por suas defesas, e Avignon, sede alternativa da Cristandade (1309-1377). Estas cidades fortificadas, denominadas "bastides" marcavam a fronteira dos reinos ao final da Idade Média, servindo como elementos de defesa e dando ao povo novas oportunidades sociais. Foram construídas mais de 300 só na França, entre os anos de 1220 e 1350. Além das "bastides", foram projetadas e construídas em toda a Europa, de Portugal à Polônia, e nomeadamente no sudoeste da França, entre 1136 e 1270 aproximadamente, numerosas "villeneuves" (cidades novas), que muito contribuíram para o nascimento e consolidação de uma classe social burguesa.
Arquitetura
A arquitetura prodigiosa do monte Saint-Michel e sua baía constituem o ponto turístico mais freqüentado da Normandia e um dos primeiros da França, com cerca de 3 200 000 visitantes por ano. Uma estátua de São Miguel colocada no topo da igreja abacial culmina a 170 metros de altura. Diversos prédios e habitações do sítio são, a título individual, classificados como monumentos históricos (a igreja paroquial desde 1909, por exemplo) ou inscritos no inventário suplementar de monumentos históricos.
História
A história da Abadia do monte Saint-Michel remonta, crê-se, ao ano 708, quando Aubert, bispo de Avranches, mandou construir no monte Tombe um santuário em honra a São Miguel Arcanjo (Saint-Michel). No século X os monges beneditinos instalaram-se na abadia e uma pequena vila foi-se formando aos seus pés. Durante a Guerra dos Cem Anos, entre França e Inglaterra, o Monte Saint-Michel foi uma fortaleza inexpugnável, resistindo a todas as tentativas inglesas de tomá-la e constituindo-se, assim, em símbolo da identidade nacional francesa. Após a dissolução da ordens religiosas ditadas pela Revolução Francesa de 1789 até 1863 o Monte foi utilizado como prisão. Declarado monumento histórico em 1987, o sítio figura desde 1979 na lista do Patrimônio Mundial da UNESCO.

Fonte: Wikipédia

NÃO SE INCOMODE


Não se Incomode...

Há duas coisas que pode incomodar:
Ser você bem sucedido, ou ser mal sucedido.
Se for bem sucedido,
Não há motivo algum para se incomodar;
Se for mal sucedido, de duas uma:
Ou você conserva a saúde, ou fica doente.
Se conservar a sua saúde,
Não há motivo algum para se incomodar:
Se ficar doente, das duas uma:
Ou você sara, ou você morre.
Se você sarar,
Não há motivo algum para se incomodar:
Se morrer, das duas uma:
Ou você vai para o céu, ou para o inferno.
Se for para o céu,
Não há motivo algum para se incomodar:
Se for para o inferno,
Você terá que cumprimentar tantos conhecidos,
Que não terá tempo para se incomodar...


Guilherme de Almeida

SLIDE I - Jacqui Faye -

CHARGE - Apagão II -

RUAS DE OUTONO


Ruas de Outono

Nas ruas de outono
Os meus passos vão ficar
E todo abandono que eu sentia vai passar
As folhas pelo chão
Que um dia o vento vai levar
Meus olhos só verão que tudo poderá mudar

Eu voltei por entre as flores da estrada
Pra dizer que sem você não há mais nada
Quero ter você bem mais que perto
Com você eu sinto o céu aberto

Daria pra escrever um livro
Se eu fosse contar
Tudo que passei antes de te encontrar
Pego sua mão e peço pra me escutar
Seu olhar me diz que você quer me acompanhar

Eu voltei por entre as flores da estrada
Pra dizer que sem você não há mais nada
Quero ter você bem mais que perto
Com você eu sinto o céu aberto

Quero ter você bem mais que perto
Com você eu sinto o céu aberto...


letra:(Ana Carolina)

terça-feira, 10 de novembro de 2009

CHARGE - Apagão I -

HORA QUE PASSA



Hora que Passa

Vejo-me triste, abandonada e só
Bem como um cão sem dono e que o procura
Mais pobre e desprezada do que Job
A caminhar na via da amargura!

Judeu Errante que a ninguém faz dó!
Minh'alma triste, dolorida, escura,
Minh'alma sem amor é cinza, é pó,
Vaga roubada ao Mar da Desventura!

Que tragédia tão funda no meu peito!...
Quanta ilusão morrendo que esvoaça!
Quanto sonho a nascer e já desfeito!

Deus! Como é triste a hora quando morre...
O instante que foge, voa, e passa...
Fiozinho d'água triste... a vida corre...


Florbela Espanca, in "Livro de Sóror Saudade"

TIRINHAS - Canibais -





CARTOOM

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

CREIO...


" Creio no riso e nas lágrimas como antídotos contra o ódio e o terror "

Charlie Chaplin ( 16/04/1889-25/12/1977)

TIRINHA




NOITE DE CRISTAL




Diário de Bordo
http://antoineves.blogspot.com/

domingo, 8 de novembro de 2009

BARCO DE PAPEL


Relembro um dia dos meus tempos de menino:
larguei a flutuar
um barco de papel na água de um fosso.
Era no mês de julho, e era um dia chuvoso;
eu estava sozinho e era feliz
com o meu brinquedo... Sobre o fosso eu fiz
o meu barquinho de papel boiar...

Súbito, as nuvens carregadas de tormenta
se adensaram; os ventos, em rajadas,
assopraram, e a chuva, em bátegas, tombou.
Jorros de água barrenta
arremeteram e engrossaram a corrente,
e o meu barquinho de papel lá se afundou...

Pensei comigo amargamente
que a tempestade viera expressamente
para destruir minha felicidade:
era bem contra mim toda a sua maldade.

Aquele dia nublado
de julho já vai hoje bem distante,
e tenho muitas vêzes meditado
em todos os brinquedos desta vida
que eu
fui sempre quem perdeu...
Culpava assim o meu destino
dos desenganos todos que me deu,
mais eis que me lembrei sùbitamente
do barco de papel lá no fosso afundado.


(Rabindranath Tagore)

AMÁLIA RODRIGUES- Maria Lisboa -


Varina

É varina, usa chinela,
Tem movimentos de gata;
Na canastra, a caravela,
No coração, a fragata.
Em vez de corvos no chaile,
Gaivotas vêm pousar.
Quando o vento a leva ao baile,
Baila no baile com o mar.
É de conchas o vestido,
Tem algas na cabeleira,
E nas veias o latido
Do motor duma traineira.
Vende sonho e maresia,
Tempestades apregoa.
Seu nome próprio: Maria,
Seu apelido: Lisboa.


Poema de David Mourão-Ferreira,musicado por Alain Oulmain,
criado por Amália Rodrigues

DANCE ME TO THE END OF LOVE - Leonard Cohen -