VISITANTES

sábado, 11 de agosto de 2012

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Poupar o Coração...


Poupar o coração é permitir à morte coroar-se de alegria.

Eugénio de Andrade

Por Mais Que Tente...



Por mais que tente, o vento
não consegue adormecer
se não tiver nada para ler.
Seja uma folha de tília,
de bambu ou buganvília.

É por isso que o vento
arrasta as folhas consigo,
até encontrar um abrigo,
onde possa adormecer.
- arrastou até a folha,
onde eu estava a escrever!


Jorge Sousa Braga

terça-feira, 7 de agosto de 2012

70 Anos de Caetano Veloso


Em 7 de agosto de 1942, nasce Caetano Emanuel Vianna Telles Velloso, o quinto dos sete filhos de José Telles Velloso, funcionário público do Departamento de Correios e Telégrafos, e de Claudionor Vianna Telles Velloso. Em Santo Amaro da Purificação, pequena cidade do Recôncavo Baiano, próxima de Salvador.

Força estranha

Eu vi um menino correndo
eu vi o tempo brincando ao redor
do caminho daquele menino,
eu pus os meus pés no riacho.
E acho que nunca os tirei.
O sol ainda brilha na estrada que eu nunca passei.
Eu vi a mulher preparando outra pessoa
O tempo parou pra eu olhar para aquela barriga.
A vida é amiga da arte
É a parte que o sol me ensinou.
O sol que atravessa essa estrada que nunca passou.
Por isso uma força me leva a cantar,
por isso essa força estranha no ar.
Por isso é que eu canto, não posso parar.
Por isso essa voz tamanha.
Eu vi muitos cabelos brancos na fonte do artista
o tempo não pára no entanto ele nunca envelhece.
Aquele que conhece o jogo, o jogo das coisas que são.
É o sol, é o tempo, é a estrada, é o pé e é o chão.
Eu vi muitos homens brigando. Ouvi seus gritos
Estive no fundo de cada vontade encoberta,
e a coisa mais certa de todas as coisas.
Não vale um caminho sob o sol.
E o sol sobre a estrada, é o sol sobre a estrada, é o sol.
Por isso uma força me leva a cantar,
por isso essa força estranha no ar.
Por isso é que eu canto, não posso parar.
Por isso essa voz tamanha.

Caetano Veloso

Romance

domingo, 5 de agosto de 2012

Eu Gosto...


"Eu gosto de delicadeza, seja nos gestos,
nas palavras, nas ações, no jeito de olhar,
no dia-a-dia e até no que não é dito com palavras, mas fica no ar..."


Manuel Bandeira