VISITANTES

sábado, 23 de abril de 2011

A Garrafa De Rapé

No final da Dinastia Ming, o rapé chegou à China, assim surgindo; de forma gradual, os frascos de rapé. A perícia feita na garrafa de rapé foi muito próspera na Dinastia Qing.


A pintura dentro da garrafa de rapé surgiu no ano do Imperador Jia Qing. Esse tipo de habilidade desenvolvida de pintura no interior, agora torna-se consumado.

Inserir uma caneta delgada especialmente concebida com uma curva na ponta através do pescoço, contar com um talentoso artista que trabalha no espaço apertado da cavidade da garrafa, capaz de gravar desenhos vivos e caligrafias na superfície interna da garrafa, torna a pintura interna das garrafas de rapé em uma forma de arte única.


O resultado é um conjunto de miniaturas requintadas de paisagens, naturezas mortas, retratos e caligrafias extasiando muitos colecionadores.


A Garrafa de Rapé é um excelente exemplo de filosofia, disciplina, persistência, paciência, habilidade e muito tempo de treino e prática. Ilustrando a magnitude da cultura chinesa sem a necessidade de argumentos, afinal cada imagem diz mais do que mil palavras.

Charges



sexta-feira, 22 de abril de 2011

Via - Sacra Em Azulejos

I Estação

Jesus é condenado à morte

II Estação

Jesus carrega a cruz às costas

III Estação

Jesus cai pela primeira vez

IV Estação

Jesus encontra a sua Mãe

V Estação

Simão Cirineu ajuda a Jesus

VI Estação

Verônica limpa o rosto de Jesus

VII Estação

Jesus cai pela segunda vez

VIII Estação

Jesus encontra as mulheres de Jerusalém

IX Estação
Terceira queda de Jesus

X Estação

Jesus é despojado de suas vestes

XI Estação

Jesus é pregado na cruz

XII Estação

Jesus morre na cruz

XIII Estação

Jesus morto nos braços de sua Mãe

XIV Estação

Jesus é enterrado

22 de Abril - Descobrimento do Brasil -

Perguntei ao céu tão lindo,
— Por que é todo cor de anil?
Ele me disse, sorrindo:
— Eu sou o céu do Brasil!



Perguntei ao Sol, então,
A causa de tanta luz.
— Sou a glorificação
Da Terra de Santa Cruz!



Depois perguntei à Lua:
— Por que noites de luar?
— É para enfeitar a tua
Grande Pátria à beira-mar.



Perguntei às claras fontes:
— Por que correis sem cessar?
— Nós brotamos destes montes
Para a terra fecundar!



Então eu disse à floresta:
— És tão bela, verde inteira!
Ela respondeu em festa:
— Sou a mata brasileira!



Perguntei depois às aves:
— Por que estais a cantar?
— Cantamos canções suaves
Para tua Pátria saudar.



Céu e sol, luar e cantos,
Florestas e fontes mil
Enchem de eternos encantos
És minha Pátria,
o Brasil!




Renato Sêneca Fleury

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Poema Para Piano Azul


Hoje não é dia de desespero
nem desencanto
Nem será dia de amargura
ou desamor
Hoje não quero ouvir choro
não quero pranto
Quero que em cada olhar
se acabe a dor.

Hoje quero que as horas sejam de esperança
sonhada talvez, mas aqui presente
Quem não desiste, luta
Quem de amor vive, ama
Quem dá alegria, ri.

Hoje quero só que as letras do poema
se espalhem nos sons claros dum piano azul.


Else Lasker-Schüler

quarta-feira, 20 de abril de 2011

AS PÊSSANKAS




As PÊSSANKAS foram introduzidas no Sul do Brasil, por meio dos imigrantes ucranianos que para cá vieram a partir de 1895.
A palavra "pêssanka" é derivada do verbo ucraniano pessaty, que significa “escrever”. Em algumas regiões da Ucrânia acredita-se que a pêssanka tem força curativa e também protege o lar e atrai graças, como uma espécie de talismã.
Os ovos eram pintados para comemorar o solstício da primavera, no período de cultivo das terras eram ofertados ao Sol pedindo por abundância. Entre uma vasta gama de cores e símbolos com o tempo passou a se confeccionar pêssankas como presentes a amigos e entes queridos. Essa tradição passou a se manifestar também em datas especiais, como materialização de boas intenções.Esses desenhos aparentemente exóticos,são feitos com extrema delicadeza em ovos de galinha, codornas, gansas e até avestruzes.


SIGNIFICADOS DOS SÍMBOLOS E CORES UTILIZADOS EM PÊSSANKAS


terça-feira, 19 de abril de 2011

19 de Abril - Dia Do Índio -


Comemoramos todos os anos, no dia 19 de Abril, o Dia do Índio.
Esta data comemorativa foi criada em 1943 pelo presidente Getúlio Vargas,através do decreto lei número 5.540. Mas porque foi escolhido o 19 de abril?

Origem da Data

Para entendermos a data, devemos voltar para 1940.Neste ano, foi realizado no México, o Primeiro Congresso Indigenista Interamericano.Além de contar com a participação de diversas autoridades governamentais dos países da América, vários líderes indígenas deste continente foram convidados para participarem das reuniões e decisões. Porém, os índios não compareceram nos primeiros dias do evento,pois estavam preocupados e temerosos. Este comportamento era compreensível,pois os índios há séculos estavam sendo perseguidos, agredidos e dizimados pelos “homens brancos”.No entanto, após algumas reuniões e reflexões,diversos líderes indígenas resolveram participar,após entenderem a importância daquele momento histórico. Esta participação ocorreu no dia 19 de abril, que depois foi escolhido, no continente americano, como o Dia do Índio.

Comemorações e Importância da Data

Neste dia do ano ocorrem vários eventos dedicados à valorização da cultura indígena.
Nas escolas, os alunos costumam fazer pesquisas sobre a cultura indígena, os museus fazem exposições e os municípios organizam festas comemorativas.Deve ser também um dia de reflexão sobre a importância da preservação dos povos indígenas, da manutenção de suas terras e respeito às suas manifestações culturais.Devemos lembrar também, que os índios já habitavam nosso país quando os portugueses aqui chegaram em 1500.Desde esta data, o que vimos foi o desrespeito e a diminuição das populações indígenas.Este processo ainda ocorre, pois com a mineração e a exploração dos recursos naturais,muitos povos indígenas estão perdendo suas terras.








NO ARAGUAIA I



Nestas praias sem cercas e sem dono
do velho Araguaia,
achei um amigo, escuro,
de cara pintada a jenipapo e urucum:
o carajá Araticum – uassu

Seus músculos são cobras grossas
que incham sobre o couro moreno;
suas narinas têm sete faros;
e nos seus ouvidos há cordas sutis, onde ressoa o pio
curto e triste,
que, mais de um quilometro distante,
solta o patativo borrageiro.

Quando o rio ensolado enruga, em qualquer ponto,
a lâmina lisa de níquel molhado,
ele traduz , na esteira da mareta,
com o binóculo faiscante dos olhos,
o tamanho e a raça do peixe navega escondido.
E a flechada vai arpoar, certeira , debaixo d’água,
o pacamã ou o pirarucu.

A mata não lhe dá mais surpresas
(tem vinte presas onça preta no colar),
nem o rio lhe conta mais novidades
(ele é capaz de flutuar , até dormindo,
correnteza abaixo, como um pau de pita).

Hoje eu lhe perguntei:
--“Como foi feito o mundo,
ó meu patrício Araticum Uassu?...”
Ele riu, deu um mergulho no rio,
e emergiu, com a cabeleira em gotas,
sem precisar de falar...
— “Bem, mas o que é mesmo a vida, meu irmão moreno?...”

Araticum-uassu riu com mais gosto ainda,
e saiu a remar, com esforço simulado,
tangendo a piroga corredeira acima...
--“Muito bem, amigo, quero saber, agora,
o que pensas do amor...”

Desta vez ele não riu --- franziu o rosto,
e jogando fora o remo de taquara,
deitou-se na canoa, indiferente,
com olhos fechados, braços cruzados,
e deixando-se levar pela corrente, à-toa,
sumiu na curva,atrás do saranzal...


João Guimarães Rosa (Magma –Editora Nova Fronteira)




UM ÍNDIO



Um índio descerá de uma estrela colorida e brilhante
De uma estrela que virá numa velocidade estonteante
E pousará no coração do hemisfério sul, na América, num claro instante

Depois de exterminada a última nação indígena
E o espírito dos pássaros das fontes de água límpida
Mais avançado que a mais avançada das mais avançadas das tecnologias

Virá, impávido que nem Muhammed Ali, virá que eu vi
Apaixonadamente como Peri, virá que eu vi
Tranqüilo e infalível como Bruce Lee, virá que eu vi
O axé do afoxé, filhos de Ghandi, virá

Um índio preservado em pleno corpo físico
Em todo sólido, todo gás e todo líquido
Em átomos, palavras, alma, cor, em gesto e cheiro
Em sombra, em luz, em som magnífico

Num ponto equidistante entre o Atlântico e o Pacífico
Do objeto, sim, resplandecente descerá o índio
E as coisas que eu sei que ele dirá, fará, não sei dizer
Assim, de um modo explícito

(Refrão)

E aquilo que nesse momento se revelará aos povos
Surpreenderá a todos, não por ser exótico
Mas pelo fato de poder ter sempre estado oculto
Quando terá sido o óbvio.


A LENDA DA VITÓRIA RÉGIA


Diz a lenda da Vitória Régia que os lagos amazônicos eram espelhos naturais da vaidosa lua. As cunhãs (índias) ao vê-la refletida sentiam inspiração para o amor. Subiam no alto da colina esperando pelo aparecimento da lua, e que com o contato de sua luz , fossem transformadas em estrelas no céu. Um belo dia, uma linda cunhã resolveu que era chegado o momento de transformar-se em estrela. Subiu na mais alta colina, esperando poder tocar a lua e assim concretizar o seu desejo. Ao chegar, viu a lua refletida na grande lagoa. Na ânsia de realizar seu sonho de amor a cunhã se atirou nas águas profundas do lago e nunca mais foi vista. A lua condoída com o infortúnio de tão bela jovem e não podendo satisfazer seu desejo de levá-la para o céu, transformou-a em uma bela estrela das águas - a linda planta aquática que é a Vitória Régia, cuja beleza e perfume são inconfundíveis.

A LENDA DO GUARANÁ


Conta a lenda que um casal de índios Maués, viviam juntos a muitos anos e ainda não tinham filhos. Um dia, pediram a Tupã para dar-lhes uma criança. Tupã atendeu o desejo do casal e deu-lhes um lindo menino, que cresceu cheio de graça e beleza e se tornou querido de toda a tribo. No entanto, Jurupari, o Deus da escuridão e do mal, sentia muita inveja do menino e decidiu matá-lo. Certo dia, quando o menino foi coletar frutos na floresta, Jurupari aproveitou para se transformar numa serpente venenosa e matar o menino. Neste momento, fortes trovões ecoaram por toda a aldeia, e relâmpagos luziam no céu em protesto. A mãe, chorando em desespero ao achar seu filho morto, entendeu que os trovões eram uma mensagem de Tupã. Em sua crença, Tupã dizia-lhe que deveria plantar os olhos da criança e que deles nasceria uma nova planta, dando saborosos frutos, que fortaleceria os jovens e revigoraria os velhos. E os índios, plantaram os olhos da criança e regavam todos os dias. Logo mais, nesse lugarzinho onde foi enterrado os olhos do indiozinho, nasceu o Guaraná, cujos frutos, negros como azeviche, envoltos por uma orla branca em sementes rubras, são muito semelhantes aos olhos dos seres humanos.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

18 de abril Dia Do Livro Infantil

DIA DO LIVRO INFANTIL
Em 18 de Abril é comemorado o Dia Nacional do Livro Infantil.
Esta data foi escolhida por ser o aniversário de José Bento Monteiro Lobato, o primeiro autor infantil brasileiro.
Antes dele, as histórias para as crianças eram traduzidas.
Monteiro Lobato criou enredos que encantam os pequenos até hoje e o mais famoso deles é o Sítio do Pica-Pau Amarelo.




"Um país se faz com homens e livros"
(Monteiro Lobato)



José Bento Monteiro Lobato nasceu em 18 de abril de 1882, em Taubaté, no Vale do Paraíba. Estreou no mundo das Letras com pequenos contos para os jornais estudantis dos colégios Kennedy e Paulista.
No curso de Direito da Faculdade do Largo São Francisco, em São Paulo, dividiu-se entre suas principais paixões: escrever e desenhar. Colaborou em publicações dos alunos, vencendo um concurso literário, promovido em 1904 pelo Centro Acadêmico XI de Agosto.Morou na república do Minarete, liderou o grupo de colegas que formou o Cenáculo e mandou artigos para um jornalzinho de Pindamonhangaba, que tinha como título o mesmo nome daquela moradia de estudantes. Nessa fase de sua formação, Lobato realizou as leituras básicas e entrou em contato com a obra do filósofo alemão Nietzsche, cujo pensamento o guiaria vida afora.



Viveu um tempo como fazendeiro, foi editor de sucesso, mas foi como escritor infantil que Lobato despertou para o mundo em 1917.Escreveu, nesse período, sua primeira história infantil, "A menina do Narizinho Arrebitado". Com capa e desenhos de Voltolino, famoso ilustrador da época, o livrinho, lançado no natal de 1920, fez o maior sucesso. Dali nasceram outros episódios, tendo sempre como personagens Dona Benta, Pedrinho, Narizinho, Tia Anastácia e, é claro, Emília, a boneca mais esperta do planeta.



Insatisfeito com as traduções de livros europeus para crianças, ele criou aventuras com figuras bem brasileiras, recuperando costumes da roça e lendas do folclore nacional. E fez mais: misturou todos eles com elementos da literatura universal, da mitologia grega, dos quadrinhos e do cinema.