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sexta-feira, 24 de junho de 2011

Eu Te Vejo...


"Eu te vejo no sol de cada dia
que entre as brancas nuvens
vem sempre me trazer calor.
Eu te vejo na prata da lua,
que rodeada de estrelas brilha,
e me ensaia um sorriso.
Eu te vejo no manto azul do mar,
que em suas profundezas e mistérios,
parece sempre querer me abraçar.
Eu te vejo no pássaro que canta,
e com sua doce melodia,
rouba meu coração."


Lou Witt

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Festa Junina

A origem da Festa Junina no Brasil e suas influências


Junho é o mês de São João, Santo Antônio e São Pedro. Por isso, as festas que acontecem em todo o mês de junho são chamadas de "Festa Joanina", especialmente em homenagem a São João.O nome joanina teve origem, segundo alguns historiadores, nos países europeus católicos no século IV. Quando chegou ao Brasil foi modificado para junina. Trazida pelos portugueses, logo foi incorporada aos costumes dos povos indígenas e negros.A influência brasileira na tradição da festa pode ser percebida na alimentação, quando foram introduzidos o aipim (mandioca), milho, jenipapo, o leite de coco e também nos costumes, como o forró, o boi-bumbá, a quadrilha e o tambor-de-crioula. Mas não foi somente a influência brasileira que permaneceu nas comemorações juninas. Os franceses, por exemplo, acrescentaram à quadrilha, passos e marcações inspirados na dança da nobreza européia. Já os fogos de artifício, que tanto embelezam a festa, foram trazidos pelos chineses.A dança-de-fitas, bastante comum no sul do Brasil, é originária de Portugal e da Espanha.
Para os católicos, a fogueira, que é maior símbolo das comemorações juninas, tem suas raízes em um trato feito pelas primas Isabel e Maria. Para avisar Maria sobre o nascimento de São João Batista e assim ter seu auxílio após o parto, Isabel acendeu uma fogueira sobre o monte.No Nordeste do país, existe uma tradição que manda que os festeiros visitem em grupos todas as casas onde sejam bem-vindos levando alegria. Os donos das casas, em contrapartida, mantêm uma mesa farta de bebidas e comidas típicas para servir os grupos. Os festeiros acreditam que o costume é uma maneira de integrar as pessoas da cidade. Essa tradição tem sido substituída por uma grande festa que reúne toda a comunidade em volta dos palcos onde prevalecem os estilos tradicionais e mecânicos do forró.


Assim surgiu a Festa de São João



Dizem que Santa Isabel era muito amiga de Nossa Senhora e, por isso, costumavam visitar-se.
Uma tarde, Santa Isabel foi à casa de Nossa Senhora e aproveitou para contar-lhe que, dentro de algum tempo, iria nascer seu filho, que se chamaria João Batista.
Nossa Senhora, então, perguntou-lhe:
- Como poderei saber do nascimento do garoto?
- Acenderei uma fogueira bem grande; assim você de longe poderá vê-la e saberá que Joãozinho nasceu. Mandarei, também, erguer um mastro, com uma boneca sobre ele.
Santa Isabel cumpriu a promessa.
Um dia, Nossa Senhora viu, ao longe, uma fumacinha e depois umas chamas bem vermelhas. Dirigiu-se para a casa de Isabel e encontrou o menino João Batista, que mais tarde seria um dos santos mais importantes da religião católica. Isso se deu no dia vinte e quatro de junho.
Começou, assim, a ser festejado São João com mastro, e fogueira e outras coisas bonitas como: foguetes, balões, danças, etc…
E, por falar nisso, também gostaria de contar porque existem essas bombas para alegrar os festejos de São João.
Pois bem, antes de São João nascer, seu pai, São Zacarias, andava muito triste, porque não tinha um filhinho para brincar.
Certa vez, apareceu-lhe um anjo de asas coloridas, todo iluminado por uma luz misteriosa e anunciou que Zacarias ia ser pai.
A sua alegria foi tão grande que Zacarias perdeu a voz, emudeceu até o filho nascer.
No dia do nascimento, mostraram-lhe o menino e perguntaram como desejava que se chamasse.
Zacarias fez grande esforço e, por fim, conseguiu dizer:
- João!
Desse instante em diante, Zacarias voltou a falar.
Todos ficaram alegres e foi um barulhão enorme. Eram vivas para todos os lados.
Lá estava o velho Zacarias, olhando, orgulhoso, o filhinho lindo que tinha…
Foi então que inventaram as bombinhas de fazer barulho, tão apreciadas pelas crianças, durante os festejos juninos.

Isto é lá com Santo Antônio



Eu pedi numa oração
Ao querido São João
Que me desse um matrimônio
São João disse que não!
São João disse que não!
Isto é lá com Santo Antônio!

Eu pedi numa oração
Ao querido São João
Que me desse um matrimônio
Matrimônio! Matrimônio!
Isto é lá com Santo Antônio!

Implorei a São João
Desse ao menos um cartão
Que eu levava à Santo Antônio
São João ficou zangado
São João só dá cartão
Com direito a batizado

Implorei a São João
Desse ao menos um cartão
Que eu levava a Santo Antônio
Matrimônio! Matrimônio!
Isto é lá com Santo Antônio!

São João não me atendendo
A São Pedro fui correndo
Nos portões do paraíso
Disse o velho, num sorriso:
- Minha gente, eu sou chaveiro!
Nunca fui casamenteiro!

São João não me atendendo
A São Pedro fui correndo
Nos portões do paraíso
Matrimônio! Matrimônio!
Isto é lá com Santo Antônio.


Lamartine Babo



Olha Pro Céu...


Olha pro céu, meu amor
Vê como ele está lindo
Olha praquele balão multicor
Como no céu vai sumindo
Foi numa noite, igual a esta
Que tu me deste o teu coração
O céu estava, assim em festa
Pois era noite de São João
Havia balões no ar
Xóte, baião no salão
E no terreiro
O teu olhar, que incendiou
Meu coração.


Luiz Gonzaga / José Fernandes




Corpus Christi


Corpus Christi, uma tradição secular trazida de Portugal para o Brasil.É uma data celebrada pela Igreja Católica para comemorar a presença real de Jesus Cristo no sacramento da eucaristia, pela mudança da substância do pão e do vinho na de seu corpo e de seu sangue.O dia de Corpus Christi acontece 60 dias após a Páscoa, que cai sempre numa quinta-feira. O fato da celebração ser numa quinta-feira é uma alusão à Quinta-feira Santa, quando se deu a instituição do sacramento, durante a última ceia de Jesus com seus apóstolos, quando o Senhor mandou que se lembrassem dele comendo o pão e bebendo o vinho que se transformariam em seu Corpo e Sangue.Essa data foi criada pelo Papa Urbano V, no ano de 1240.Em muitas cidades portuguesas e brasileiras é costume ornamentar as ruas por onde passa a procissão com tapetes de colorido vivo e desenhos de inspiração religiosa.



Preparação dos Tapetes No Interios do Brasil



Corpus Christi Em Bruxelas - Tapete de Flores -

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Poemas São Como Vitrais Pintados


Obra retirada do Blogue http://andradarte.blogspot.com/

Poemas são como vitrais pintados!
Se olharmos da praça para a igreja,
Tudo é escuro e sombrio;
E é assim que o Senhor Burguês os vê.
Ficará agastado? — Que lhe preste!...
E agastado fique toda a vida!

Mas — vamos! — vinde vós cá para dentro,
Saudai a sagrada capela!
De repente tudo é claro de cores:
Súbito brilham histórias e ornatos;
Sente-se um presságio neste esplendor nobre;
Isto, sim, que é pra vós, filhos de Deus!
Edificai-vos, regalai os olhos!


Goethe

Jia Lu


Jia Lu nasceu na China em 1954 e cresceu em uma família de artistas. A poesia e artes plásticas ocuparam seus primeiros anos e alimentaram sua incansável imaginação. Logo, contudo, a Grande Revolução Cultural varreu Beijing com destrutiva violência. Muitos membros de sua família e professores foram marcados para perseguição.




Jia Lu foi forçada a se adaptar às condições radicalmente diferentes na China para poder sobreviver. Ela dedicou seus esforços a muitos objetivos diferentes, trabalhando como enfermeira (o que lhe proporcionou valiosos conhecimentos sobre a anatomia humana), atriz de cinema e televisão, oficial naval, editora de arte para uma revista e até atleta de basquete profissional. Por sorte, não era tão alta como exigia a seleção nacional, de modo que optou por seguir seu coração , inscrevendo-se na Central Academy of Art and Design.



Em 1983, já uma reconhecida pintora, Jia Lu partiu para o Canadá. Mergulhada emu ma cultura estrangeira sem conhecer uma palavra de inglês, Jia utilizou sua marcante inteligência e capacidade de adaptação para fazer amigos e colecionadores, aprender a língua e continuar seu aprendizado. Encontrou trabalho no setor de artes visuais, na Universidade de York. Seu estilo realista de pintura tornou-a uma estranha nesse bastião da arte contemporânea, mas ela nunca abandonou seu estilo polido e um imaginário de sonhos.




Trabalhou com murais budistas no Japão e pesquisou muito os museus de Paris e Londres, até retornar ao Canadá. Jia Lu se delicia com a beleza onde quer que a encontre. Seu senso de confiança e esperança é contagioso. Atualmente, vive e trabalha em Los Angeles.


terça-feira, 21 de junho de 2011

Você é Isso



Você é música em surdina
e luz que ilumina
esse pôr-de-sol.

Você é uma paz imensa,
uma ternura antiga
que volta à minha vida
para me alegrar.

Você é a estrela guia
no final do dia
deste entardecer.

Você é isso - vida após a vida,
estrada colorida
que irei percorrer.
Você é a mão estendida
que terei na subida
num outro alvorecer.

Antes que anoiteça,
que o céu escureça,
vou beijar-te a alma
para agradecer.

Zoraida H. Guimarães

Poema De Inverno


Que voo provisório as andorinhas
ensaiam nos telhados desta casa?

O inverno se aproxima com
seus ventres falantes
E elas vão ensaiando
as montanhas distantes.
Vão lembrando o futuro
Exercitando as asas.

Voltarão sempre
cada vez
mais longe.
Até que não encontrem
esta casa branca
sinalizando o nevoeiro.


José Jeremias

Charge

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Olhar-te = Amar-te

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Amar-te é mergulhar num mar profundo,
Misterioso, atraente e deslumbrante....
Olhar-te é descobrir no teu semblante
Um céu tranqüilo, neste inquieto mundo.

Olhar-te é ver-me junto, toda hora,
Ao um anjo de bondade e de carinho...
Amar-te é ter a luz de branda aurora,
A iluminar meus passos no caminho.

Olhar-te é mergulhar-me na ternura,
É transportar-me à um mundo de ventura...
Amar-te é ter a paz que eu sempre quis.

Amar-te é transfundir vida à minha vida...
Olhar-te é ver uma deusa, à mim surgida...
Amar-te é mais que amar... É ser feliz.


Sá de Freitas

Danúbio Azul

domingo, 19 de junho de 2011

Chico Buarque - 67 Anos de Música e Poesia -


Francisco Buarque de Hollanda nasceu noRio de Janeiro, 19 de junho de 1944, mais conhecido como Chico Buarque ou ainda Chico Buarque de Hollanda, é um músico, dramaturgo e escritor brasileiro.Filho do historiador Sérgio Buarque de Holanda, iniciou sua carreira na década de 1960, destacando-se em 1966, quando venceu, com a canção A Banda, o Festival de Música Popular Brasileira. Socialista declarado, se auto-exilou na Itália em 1969, devido à crescente repressão da ditadura militar no Brasil, tornando-se, ao retornar, em 1970, um dos artistas mais ativos na crítica política e na luta pela democratização do Brasil. Na carreira literária, foi ganhador de três Prêmios Jabuti: melhor romance em 1992 com Estorvo, além do Livro do Ano, tanto pelo livro Budapeste, lançado em 2004, como por Leite Derramado, em 2010.Chico Buarque de Holanda é, por excelência, a personificação do artista no sentido estrito do termo. É capaz de sintetizar numa frase aquilo que filósofos e cientistas não conseguem em tratados inteiros. Chico é irreverente, ousado, rigorosamente desordeiro. Sabe que a ordem é produto do intelecto humano e a vida – o seu verdadeiro objeto – não tem regras preconcebidas, e que, para capturá-la, é preciso lançar a rede ao desconhecido sem saber o que nela virá.Quando fala do sentimento feminino, não o faz buscando definições universais com descrições exatas e idealizadas, mas retrata a mulher individual, imperfeita, que sofre com a submissão; que se desespera e chora baixinho atrás da porta ao ser abandonada. Que espera o marido no portão todo dia, fazendo tudo igual. Fala também de uma mulher forte, que leva o sorriso da gente e é capaz de encontrar outro “mais e melhor”, como quem diz: “não se mirem no exemplo das mulheres de Atenas”.


Soneto


Por que me descobriste no abandono
Com que tortura me arrancaste um beijo
Por que me incendiaste de desejo
Quando eu estava bem, morta de sono.

Com que mentira abriste meu segredo
De que romance antigo me roubaste
Com que raio de luz me iluminaste
Quando eu estava bem, morta de medo.

Por que não me deixaste adormecida
E me indicaste o mar, com que navio
E me deixaste só, com que saída.

Por que desceste ao meu porão sombrio
Com que direito me ensinaste a vida
Quando eu estava bem, morta de frio.


Chico Buarque

Gente Humilde


Tem certos dias em que eu penso em minha gente
E sinto assim todo o meu peito se apertar
Porque parece que acontece de repente
Como um desejo de eu viver sem me notar
Igual a como quando eu passo num subúrbio
Eu muito bem vindo de trem de algum lugar
E aí me dá como uma inveja dessa gente
Que vai em frente sem nem ter com quem contar
São casas simples com cadeiras na calçada
E na fachada escrito em cima que é um lar
Pela varanda flores tristes e baldias
Como a alegria que não tem onde encostar
E aí me dá uma tristeza no meu peito
Feito um despeito de eu não ter como lutar
E eu que não creio, peço a Deus por minha gente
É gente humilde, que vontade de chorar.


Chico Buarque e Vinicius de Moraes