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sábado, 11 de dezembro de 2010

Há 100 Anos Nascia Noel Rosa


Noel Rosa (1910-1937)
Noel de Medeiros Rosa (Rio de Janeiro, 11 de dezembro de 1910 - Rio de Janeiro, 4 de maio de 1937) foi um sambista, cantor, compositor, bandolinista, violonista brasileiro e um dos maiores e mais importantes artistas da música no Brasil.
Noel Rosa nasceu de um parto muito difícil, a fórceps pelo médico causou-lhe um afundamneto da mandíbula que o marcou pela vida toda. Criado no bairro carioca de Vila Isabel, primeiro filho do comerciante Manuel Garcia de Medeiros Rosa da professora Martha de Medeiros Rosa, Noel era de família de classe média, tendo estudado no tradicional Colégio São Bento.
A vida boêmia, porém, nunca deixou de ser um atrativo irresistível para o artista, que entre viagens para cidades mais altas em função do clima mais puro, sempre voltava para o samba, a bebida e o cigarro, nas noites cariocas, cercado de muitas mulheres, a maioria, suas amantes.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Soneto Do Amor


Doce fogo do amor, como me queimas
e me fazes arder por entre neves
como se eu fora a pálida fogueira
acesa pelo sol na noite breve.

Doce rival do fogo verdadeiro,
quanto mais rompo contra as tuas chamas,
elas se alastram mais na minha cama
e, guerreiro, por ti sou guerreado.

Mais me queima teu frio, mais intacto
respiro e te combato; e fatigado
da luta em que me abrasas, mais descanso.

Oculto nos lençóis, fogo de estio,
escorres, ledo e manso como as águas
- a água serena do amoroso rio.

Lêdo Ivo

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Cartões de Natal Antigos

Cartão de Natal polonês,1927

Cartão de Natal polonês, 1935

Cartão de Natal, 1957, Polônia.

Feliz Natal, cartão italiano, 1907.

Feliz Natal, cartão italiano da década de 30 do século XX.

Soneto do Amor Demais


Não, já não amo mais os passarinhos
A quem, triste contei tanto segredo
Nem, amo as flores despertadas cedo
Pelo vento orvalhado dos caminhos.

Não amo mais as sombras do arvoredo
Em seu suave entardecer de ninhos
Nem amo receber outros carinhos
E até de amar a vida tenho medo.

Tenho medo de amar o que de cada
Coisa que der resulte empobrecida
A paixão do que se der à coisa amada

E que não sofra por desmerecida
Aquela que me deu tudo na vida
E que de mim só quer amor - mais nada.


Vinícius de Moraes

Você... e o Natal...

<
Festa na terra e no céu...
Só eu só... tão triste assim...
- Quem dera Papai Noel
trouxesse Você pra mim!

Quem dera Papai Noel
descendo pelos espaços
me desse um pouco de céu
pondo Você em meus braços...

Neste dia belo e doce
de festa, - sentimental,
- quem dera que Você fosse
meu presente de Natal!


J. G. De Araújo Jorge

História de Natal Digital

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Só Tu Sabes


Só tu sabes os segredos
mais íntimos de mim
e conheces os medos,
mistérios e enredos
que do princípio ao fim
me percorrem os dias.

Mas também as alegrias
que partilho contigo
todas, uma por uma,
sem que subsista o perigo
de te esconder alguma.

Só tu sabes como sou,
embora imperfeito,
alguém que se moldou
à curva do teu peito.


Torquato da Luz
Fotografia - Andradarte -

Música Surda


Como num louco mar, tudo naufraga.
A luz do mundo é como a de um farol
Na névoa. E a vida assim é coisa vaga.

O tempo se desfaz em cinza fria,
E da ampulheta milenar do sol
Escorre em poeira a luz de mais um dia.

Cego, surdo, mortal encantamento.
A luz do mundo é como a de um farol...
Oh, paisagem do imenso esquecimento.


Dante Milano

Se Eu E TU


Se eu fosse peixe e tu fosses mar
nadava dentro de ti
e vivia no teu corpo.
Se eu fosse pássaro e tu fosses ar
cortava-te como uma flecha
sem nunca te magoar.
Se eu fosse sol e tu fosses neve
em rio te transformava
e havias de ver o mar.
Se eu fosse chuva e tu fosses terra
cresciam de um dia para o outro
as flores na tua pele.
Se eu fosse vento e tu fosses vela
levava-te a ver o mundo
por sobre as ondas do mar.


J.Pedro Mésseder

30 Anos sem Jonh Lennon


Na noite de 8 de dezembro de 1980, Mark David Chapman disparou 5 tiros à queima-roupa, na portaria do prédio Dakota, em frente ao Central Park, em Nova York , Lennon, com 40 anos de idade. Horas antes do crime, Chapman havia abordado o ex-Beatle na mesma portaria, pedindo e recebendo um autógrafo na capa do recém-lançado LP Double Fantasy.Ficou por perto, lendo um exemplar de "O Apanhador no Campo de Centeio", de J. D. Salinger, até o reencontro fatal. Depois dos tiros, o fã-assassino não fugiu: largou o revólver e retomou a leitura.
Mark David Chapman continua preso até hoje, mas sem as regalias que os presos do Brasil possuem.



terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Arte Em Rolo De papel Higiênico

A arte da francesa Anastassia Elias é múltiplo: pinturas, desenhos, ilustrações e colagens.Ela vive em Paris, onde expõe regularmente. O trabalho da artista que me despertou especial interesse é uma série de colagens bastante curiosas, feitas em tubos de papel higiênico.A artista passa horas cortando pequenas silhuetas em papel da mesma cor dos rolos e depois as encaixa, com uma pinça, nos mesmos. A obra ganha mais vida quando é colocada uma luz no fim do rolo.




Consolação


Os meus versos não servem mais pra nada;
quero jogá-los fora, pobres versos,
foram meus companheiros de jornada
nos momentos felizes ou adversos !

Muitos escritos pela madrugada,
tristes soluços na paixão imersos
parecem uma história inacabada
com fragmentos avulsos e dispersos...

Entretanto, por que jogá-los fora ?
se nasceram do fundo de minh’alma
e já não servem pra mais nada, agora ?!

São versos pobres, versos, enfim, tristes,
mas fazem que eu mantenha a minha calma
e me dizem que tu neles existes...

Ialmar Puio Schneider

Senti


São tuas
as mãos que acariciam a dor,
deslizam no corpo,
acendem calor;
São teus
os sorrisos que deixam sabor
de paz e conforto,
que geram vigor.
.
E teus
são os sonhos, que aquecem a alma
e fazem o tempo
parar num momento;
E tuas
as tardes que despertam a calma
E um sopro de alento
No meu eu, sedento
de ti
e do que senti.

.
Vítor Cintra

Andersen Moliére -

m

By Some Miracle - Philip Selway

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Desculpe Amor !


Cheguei sem avisar,
Sua camisa vou abrir,
Abro seu peito também,
Abro seu coração,
Entro e vou mais além...
Fecho a porta do seu coração,
Para que ninguém
Possa me tirar.
Prometo não fazer bagunça,
Seu coração,
Não vou desarrumar!
Quero simplesmente
Ter um abrigo,
Um aconchego,
Alguém a quem amar!
Desculpe amor...
Mas o que sempre procurei,
Em você eu achei...
Em seus braços,
Segurança encontrei.
No seu abraço...
o carinho que mais desejei.
Em seu amor...
A pessoa a quem
Me entreguei!!!
Com você...
Feliz, serei!!!


Esther Gonçalves & Marcos Cione

A História de São Nicolau


Brusque foi colonizada pelos europeus e comemorar São Nicolau faz parte dos festejos de final de ano.
Hoje pela manhã, contei essa história aos meus alunos e dei a eles "balinhas" deixadas por São Nicolau.

“Era uma vez um homem muito bom, que gostava muito de crianças. Com todo carinho, dedicava-se a elas ensinando-lhes histórias que ouviam uma vez por semana quando o visitavam. Um velho servo que trabalhava na casa do anfitrião incrementava os encontros com biscoitos muito gostosos e maçãs fresquinhas.
Um dia, certa menina, muito pobre que ia sempre às reuniões não compareceu, por estar doente. Depois que todos se despediram, Nicolau preparou um saquinho com um pouco de cada guloseima e maçãs. A menina morava muito longe, por isso Nicolau foi a cavalo para chegar mais depressa. Mesmo assim, quando chegou, já estavam todos dormindo. Mas, diante da porta dos fundos, Nicolau viu os sapatos da menina e ali colocou seu presente.
Com os anos, Nicolau ficou velhinho e os filhos das crianças que ouviam suas histórias iam visitá-lo e cantavam canções, para que ele não se sentisse sozinho e triste.Chegou o dia em que Deus chamou Nicolau, quando ele chegou ao Céu, olhou para baixo e viu as crianças chorando. Pediu para voltar à Terra, mas Deus lhe disse que isto não era possível. Porém, por ter sido um homem muito bom, Deus deu a Nicolau a possibilidade de, uma vez por ano, no dia 6 de dezembro, visitar a Terra e a todas as crianças.Em suas visitas, na noite do dia 5 para o dia 6 de dezembro, traz para elas maçãs, nozes,balas e biscoitos, e os coloca em seus sapatinhos ou diante de suas portas. E as crianças retribuem deixando uma cenoura para o cavalo branco de Nicolau, cantando canções e recitando versos. Mas, não esqueçam que Nicolau, durante o ano todinho, olha para Terra e vê cada uma das crianças e tudo o que ela faz. Ele anota em seu grande livro de ouro as coisas boas e belas e as coisas feias também.”

Janelle Monae

Lady Antebellum

domingo, 5 de dezembro de 2010

Em Algum Lugar


Em algum lugar
Sob a pálida luz da lua
Alguém está pensando em mim
E me amando nesta noite

Em algum lugar
Alguém faz uma prece
Para que nos encontremos
E nos alcancemos em algum lugar

E mesmo que eu saiba, da distância que nos separa
Ajuda pensar que podemos estar fazendo pedidos, a mesma estrela brilhante
E quando o vento da noite começa a cantar, uma cantiga de solidão
Ajudará a pensar que estamos dormindo, debaixo do mesmo e enorme céu

Em algum lugar
Se o amor nos ajudar
Então vamos estar juntos
Em algum lugar
Aonde os sonhos, são reais.

Cynthia Weil

Antigos cartões de Natal

Cartão de Natal Francês - Feliz Natal - 1944 (durante a segunda Guerra Mundial)

Cartão de Natal Francês - Viva São Nicolau - 1943 -

Cartão de Natal Americano - 1925 -

Cartão Postal Francês - FELIZ NATAL - 1910

Pavão Misterioso



Pavão Misterioso

(de José Camelo de Melo Rezende)

O enredo do Romance do Pavão Misterioso é a aventura de um rapaz, chamado Evangelista, que ao contemplar a beleza de Creuza, donzela conservada prisioneira pelo conde (seu pai), sente-se invadido por um forte desejo: tirar a moça do sobrado do conde e tomá-la como mulher. Evangelista foge com Creuza, ajudado por um pavão mecânico.
O fato de ser mantida reclusa no sobrado, em cuja janela só aparece uma vez por ano, corresponde a um malefício imposto à donzela. A Evangelista cabe salvar a vítima da prisão, reinstaurando a ordem.
A beleza proibida da donzela desperta em Evangelista a vontade de possuí-la; a moça passa a objeto do desejo do rapaz, cujas ações visam à satisfação da carência gerada pelo desejo. O sucesso da demanda empreendida pelo apaixonado restabelece o equilíbrio quebrado pela vontade de posse do objeto. Logo, a libertação da donzela tanto significa a reparação de um malefício (reclusão) como a eliminação de uma carência (desejo amoroso), a vitória cabendo ao herói. Sendo esses elementos a espinha dorsal da história, pode-se considerá-la como um conto maravilhoso.Como em muitas narrativas populares, no folheto Romance do Pavão Misterioso, o herói vem de um país estrangeiro e sua história transcorre também numa região longínqua daquela do leitor ou ouvinte. O Evangelista do cordel vem da Turquia e sua aventura tem a Grécia como palco.A construção do espaço decorre de dados culturais e contribui para conferir à personagem das histórias populares um caráter mágico. Vivendo em paragens remotas ou simplesmente desconhecidas do apreciador da história, ou ainda povoadas de perigos e ameaças, o herói reveste-se de uma natureza próxima daquela das criaturas míticas, habitantes de um espaço e de um tempo distantes.Alguns heróis populares pertencem a camadas sociais elevadas ou adquirem riqueza e poder no decorrer da história; com esses traços diferenciam-se do cotidiano do homem comum que lhes presta admiração. Assim, o Evangelista do Romance do Pavão Misterioso é um rico herdeiro de "um viúvo capitalista".

Fonte: passeiweb


Pavão misterioso
Pássaro formoso
Tudo é mistério
Nesse teu voar
Ai se eu corresse assim
Tantos céus assim
Muita história
Eu tinha prá contar…
Pavão misterioso
Nessa cauda
Aberta em leque
Me guarda moleque
De eterno brincar
Me poupa do vexame
De morrer tão moço
Muita coisa ainda
Quero olhar…
Pavão misterioso
Pássaro formoso
Tudo é mistério
Nesse seu voar
Ai se eu corresse assim
Tantos céus assim
Muita história
Eu tinha prá contar…
Pavão misterioso
Pássaro formoso
No escuro dessa noite
Me ajuda, cantar
Derrama essas faíscas
Despeja esse trovão
Desmancha isso tudo, oh!
Que não é certo não…
Pavão misterioso
Pássaro formoso
Um conde raivoso
Não tarda a chegar
Não temas minha donzela
Nossa sorte nessa guerra
Eles são muitos
Mas não podem voar…