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sábado, 3 de julho de 2010

MAESTRO CHARLES FRANZ


Charles Franz
Nascido na Alemanha.Estudou de piano com o pedagogo russo Misha Jessel, discípulo do famoso pianista e compositor Ferruccio Busoni.Teve aulas magistrais com o pianista russo Alexander Uninsky e com Daniel Ericourt.
Ofereceu recitais em vários auditórios internacionais, entre eles o Carnegie Hall de Nova Iorque, os da Faculdade de Direito e Medicina de Buenos Aires, o Camping Musical de Bariloche, etc… e numerosos concertos em salas menores nas cidades de Buenos Aires, Los Angeles e na Alemanha.No ano de 1983, ano de sua chegada ao Brasil, realizou cinco concertos no MIS – Museu da Imagem e do Som de São Paulo.
Durante seis anos, foi diretor do Charles Franz´s Studios of New York e, durante doze anos, do Instituto Charles Franz de Buenos Aires.
Participou em congressos de musicoterapia e desenvolvimento de cursos de seu método de ensino em várias entidades da Sociedade Argentina e Compositores de Música.
Especializado na arte da improvisação nos estilos dos grandes mestres.



COLBIE CAILLAT - Realize -

COLBIE CAILLAT - Schiller -

Pintura - Livros -

Pintura - Mulheres e Flores -

CHARGE



QUE TEMPO NÃO SEJA


Com pedras afiadas pela idade
Luto nos destinos do tempo
Nas marés de invernia
No recanto da saudade
E do tempo desse tempo
Espaço que não possuo no cantar da dor
Vómito de mâgoa
Conduzindo nesse tempo
Que tempo não seja
Se o tempo perdeu seu tempo.

.
by Jorge Pereira

ANNIE LENNOX - Why -

JERRY CANTRELL - Hurt a Long Time -

JERRY CANTRELL - Between -

JAMIE T - British Inteligence -

sexta-feira, 2 de julho de 2010

SONETO


Amar-te – não por gozo da vaidade,
Não movido de orgulho ou de ambição,
Não à procura da felicidade,
Não por divertimento à solidão.

Amar-te – não por tua mocidade
- Risos, cores e luzes de verão -
E menos por fugir à ociosidade,
Como exercício para o coração.

Amar-te por amar-te: sem agora:
Sem amanhã, sem ontem, sem mesquinha
Esperança de amor, sem causa ou rumo.

Trazer-te incorporada vida fora,
Carne de minha carne, filha minha,
Viver do fogo em que ardo e me consumo.


Aurélio Buarque de Holanda

(1910-1989)

EU QUERO OUVIR O CORAÇÃO FALAR


Eu quero ouvir o coração falar
e não os homens a falar por ele!
Enquanto a gente fala, há de parar
no peito a vida estranha que o impede.

Independente à forma de o expressar,
o sentimento existe, e ai daquele
coração triste que se julgue dar
na cerração em que a palavra o vele.

Astro no peito, é sobre a língua chaga.
Dizer uma alegria ou um tormento
é um mar em que sempre se naufraga.

Era a essência de Deus vista e atingida!
Se é a força da vida o sentimento,
fez-se a palavra pra mentir a vida.


Fausto Guedes Teixeira
(1871-1940)

A ESPERA


Amado... Por que tardas tanto?
As primeiras sombras se avizinham
E as estrelas iniciam a noite.
Vem...
Pois a esperança que se acolheu em meu coração
Vai deixá-lo como um ninho abandonado nos penhascos.
Vem...Amado..
Desce a tua boca sobre a minha boca.
Para a tua alma levar a minha alma
Pesada de sofrimento!
Vem...
Para que, beijando a minha boca
Eu receba a sensação de uma janela aberta.
Amado meu...
Por que tardas tanto?
Vem...
E serás como um ramo de rosas brancas
Pousando no túmulo da minha vida...
Vem amado meu...
Por que tardas tanto?


Adalgisa Nery

MÃOS DA NOITE


Ausentes carícias
No sangue em lágrimas ´
Nem sequer trago teu rosto
Nada me pertence
Nada comtemplo como esperança
Pão que alento desconhece
Envolvendo desejos de criança
Que espreita na janela do vazio
Cabanas de lama
Na margem do adeus
Onde os olhos do amanhã
Percorrem o leito inatíngivel
Com laternas de silêncio alongando a invernia
Tal o pão do desagrado´
Enquantoo todo o sentido gela´ Pereces ´
E nada mais resta
As mãos do além sobre a mesa vazia
Onde estendes o corpo da noite
Pedindo...consolação.


by Jorge Pereira

BRIAN SETZER - Americano Live -

PETER GABRIEL & NATALIE MERCHANT -Red Rain -

DEAR GOD - I Hate Myself -

EMILIANA TORRINI - The Boy Who Giggled So Sweet -

Animação

quarta-feira, 30 de junho de 2010

CORAÇÃO SEM IMAGEM


"Deito fora as imagens,

Sem ti para que me servem
as imagens?

Preciso habituar-me
a substituir-te
pelo vento,
que está em toda a parte
e cuja direcção
é igualmente passageira
e verídica.

Preciso habituar-me ao eco dos teus passos
numa casa deserta,
ao trêmulo vigor de todos os teus gestos
invisíveis,
à canção que tu cantas e que mais ninguém ouve
a não ser eu.

Serei feliz sem as imagens.
As imagens não dão
felicidade a ninguém.

Era mais difícil perder-te,
e, no entanto, perdi-te.

Era mais difícil inventar-te,
e eu te inventei.

Posso passar sem as imagens
assim como posso
passar sem ti.

E hei-de ser feliz ainda que
isso não seja ser feliz".


( Raul de Carvalho )

HOLLY MIRANDA - Joints -

ANTÓNIO ZAMBUJO - Lábios Que Beijei -

HOLLY MIRANDA - I D Rather Go Blind -

LOVER YOU SHOULD'VE COME OVER

HOLLY MIRANDA - Everytime I Go to Sleep

CAMINHO


Caminho
.
Caminho a teu lado
Ascendendo...
Buscando paz
Algo mais...
O desconhecido:
E a minha alma inquieta
Eleva-se
No vasto horizente
-
By Jorge Pereira

terça-feira, 29 de junho de 2010

CAMINHO


Caminhando
Torno
E descendo
Medito-te crespado
De ventos e abraços
Ponte que não me atreve
Ficando com o desagrado
Junto de tua vida
Distante do que te trespassa
Sem te chorar
Liberta dos escombros
Do dia que é noite
Além
Da outra margem
Onde minha alma pasma
E retorna´
que vida´
Quem connosco chorara?´

.
by Jorge Pereira

VOZ E AROMA


A brisa vaga no prado,
Perfume nem voz não tem;
Quem canta é o ramo agitado,
O aroma é da flor que vem.

A mim, tornem-me essas flores
Que uma a uma vi murchar,
Restituam-me os verdores
Aos ramos que eu vi secar...

E em torrentes de harmonia
Minha alma se exalará,
Esta alma que muda e fria
Nem sabe se existe já.

Almeida Garrett

SEUS OLHOS


Seus olhos - se eu sei pintar
o que os meus olhos cegou -
não tinham luz de brilhar,
era chama de queimar;
e o fogo que a ateou
vivaz, eterno, divino,
como o facho do Destino.

Divino, eterno! - e suave
ao mesmo tempo: mas grave
e de tão fatal poder,
que, num só momento que a vi,
queimar toda a alma senti...
Nem ficou mais do meu ser,
senão a cinza em que ardi.


Almeida Garrett

STANLEY CLARKE - Journey To Love -

ZAKK WYLDE & SLASH - Voodoo Child -

JERRY CANTRELL AND SLASH - I1ve Seen all This World I Care To See -

JERRY CANTRELL AND SLASH - Wish You Were Here -

segunda-feira, 28 de junho de 2010

TEU SAL



No sabor da tua presença
Soando febre

Perfura a parede
No perigo dessa fissura
O fundo da doença do golpe da vaga.
E perdida a bravura´
A vida
E a terra dos meus sentidos é água
Num charco de dor
Talhado na garaganta do mistério
Na amargura do meu querer.
E quando penso retomar outro rumo
Teu sal torna
E envolvendo-me
Queima ´construindo
Todas as minhas forças


by Jorge Pereira

EXPLICAI-ME



No impeto do mais profundo ser-Levanto-me
E nos cantos farpados do desagrado
Granjeio vida
Mas ao acordar
Dei-me conta que ela se guarda
E refugia
Preservando o pouco que resta
Explicai-me
O percorrer desta vastidão...
Parida de tudo
Onde outras paixões confundem.
E quando a vida já é saudade
No canto lírico do passado
Onde me trago criança
Despida do querer.....
Meu mundo em chamas´chora
Arde de ausências


by Jorge Pereira

BRASIL 3 X 0 CHILE




JÁ OS PESADELOS


Os sonhos dos homens assemelham-se entre si.
Já os pesadelos, cada um tem o seu.
Durante muitos anos eu fui hóspede do frio.
Enrolava cigarros para depois da chuva
e não tinha sonhos, somente pesadelos.

O mais recorrente era o do nevoeiro:
ninguém me via, era inútil mandar vir
uma caneca de cerveja, no café.
O meu dinheiro ninguém o aceitava,
ficava parado, fazia de mim um acumulador.

Como nunca saía de casa, não sabia falar
senão com mortos. Parecia-me magia
saber responder boa tarde como vai
à saudação dos vizinhos, pedir do vazio
ao homem do talho, perguntar as horas.

Tempos amargos esses, e hoje,
a mesma coisa, a mesma solidão.
Com a diferença de que sou mais forte agora,
vou à piscina duas vezes por semana,
escrevo poemas para não adormecer.


JOSÉ MIGUEL SILVA

GNR - Cais -

GRUPO NOVO ROCK - Pronúncia do Norte -

GNR - Asas -

O SEU SANTO NOME


Não facilite com a palavra amor.
Não a jogue no espaço, bolha de sabão.
Não se inebrie com o seu engalanado som.
Não a empregue sem razão acima de toda a razão (e é raro).
Não brinque, não experimente, não cometa a loucura sem remissão
de espalhar aos quatro ventos do mundo essa palavra
que é toda sigilo e nudez, perfeição e exílio na Terra.
Não a pronuncie.


(Carlos Drummond de Andrade)

EUGENIO ZAMPIGHI

Eugenio Zampighi (Modena, Itália- 17 de outubro de 1859 - Modena, Itália, 1944)

Muito jovem (aos 13 anos) entrou para a Academia de Artes de Modena onde recebeu uma educação artística com ênfase no Renascimento e nos clássicos romanos. Cinco anos de estudo e várias medalhas, recebeu uma bolsa de três anos para estudar em Roma e aprofundar seus estudos.
Em 1883, Zampighi escolheu passar o último ano de sua bolsa de estudos em Florença, onde o grupo revolucionário “Macchiaioli” se estabelecera desde 1860. Embora os interesses de Zampighi residia na pintura de gênero, em vez de paisagens, ele compartilhou os objetivos “Macchiaioli” de retratar as vidas de pessoas comuns e apoiado o ressurgimento da liderança italiana nas artes.Após um ano de estudo, profundamente influenciado pela herança renascentista, bem como a “Macchiaioli” contemporânea, Zampighi decidiu estabelecer-se ali em 1884. Foi nessa época que ele começou a dedicar seus esforços para a representação do cotidiano, dos interiores domésticos, atividades de lazer e encontros familiares dos italianos.Durante seus anos de Florença, Zampighi também criou uma grande pintura para a Academia de Modena, baseada em um poema de Giacomo Leopardi, um dos mais respeitados escritores italianos do século XIX, que lhe rendeu o grau honorífico de "professore" da Academia.No século XX, Zampighi continuou a sua bem-sucedida, e financeiramente compensadora carreira. O advento da I Guerra Mundial pode ter sido o catalisador do seu retorno a Modena, onde atuaria como professor da Academia e fixaria residência em Maranello (subúrbio de Modena), onde morreu, aos 85 anos. As pinturas aqui mostradas são típicas da sua virtuosidade técnica e da harmoniosa representação da vida familiar.




ADELAIDE FERREIRA - Gostar de Alguém Assim -

POLO NORTE - Estou a Aprender a Ser Feliz -

POLO NORTE - Se Eu Voltasse Atrás -

ADELAIDE FERREIRA - Papel Principal -

domingo, 27 de junho de 2010

DESTEMPERANÇA


Por causa do seu doce maldito
que é o infinito do açucar
do seu sal que escorre manso e se insinua,
eu lambo-lhe a essência
lassa,
lisa,
crua
e me satisfaço.
Lambuzo-me no seu melaço e me sacio
na temperada seiva em que me delicio.
Minha voracidade é seu condimento.
Minha necessidade , seu divertimento.


Flora Figueiredo

GNR - Bem Vindo Ao Passado -

TONINHO HORTA - Moon River -

Tous Les Visage de I'amour -

GEORGE MICHAEL & ASTRUD GILBERTO - Desafinado -

ALMIR SATER - Água Que Correu -

ÁGUA QUE CORREU


Água Que Correu

Paixões que não desaguam no prazer
São rios que cansei de percorrer
Amigos convém pra não irmos além
De um só querer bem
Lições que não nos levam ao saber
São livros que desisto de reler
Histórias assim nem começam nem tem fim
Nem é bom ou ruim

Tanto que choveu
Tanto que molhou
Coração se encheu de amor e transbordou
Água que correu ribeirão levou
Foi pro oceano e lá se evaporou

Momentos que se vivem uma vez
São ventos a soprar por sobre as leis
Desejo não dói mas por dentro corrói
Valentia de herói
Amigos convém pra não irmos além
De um só querer bem

Tanto que choveu
Tanto que molhou
Coração se encheu de amor e transbordou
Água que correu ribeirão levou
Foi pro oceano e lá se evaporou.


Almir Sater