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domingo, 18 de outubro de 2009

TRAGO UMA ROSA VERMELHA


Trago uma rosa vermelha
Aberta dentro do peito
Já não sei se é comigo
Se é contigo que eu me deito.
A minha rosa vermelha
Mais parece uma romã
Pois quando aberta de noite
Não se fecha de manhã
Trago uma rosa vermelha
Na minha boca encarnada
Quem me dera ser abelha
Na tua boca fechada
Trago uma rosa vermelha
Não preciso de mais nada.
Pus uma rosa vermelha
Na fogueira do teu rosto
Mereço ser condenada
Por crime de fogo posto.
Trago uma rosa vermelha
Que é minha condenação
Condenada a vida inteira
À fogueira da paixão
Trago uma rosa vermelha
Atrevida e perfumada
É uma rosa vaidosa
A minha rosa encarnada
Trago uma rosa vermelha
Não preciso de mais nada.

Amália Rodrigues

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