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quarta-feira, 20 de outubro de 2010

A Luz


Ela veio...( E a minha alma tinha a porta
aberta, e ela entrou...Casa vazia
e estranha, esta que em plena luz do dia
lembrava a tumba de uma noite morta...)

Que ela havia chegado, eu nem sabia...
Mas, pouco a pouco, e a data não importa,
minha alma, por encanto, se conforta,
e há risos pela casa...E há alegria...

Quem abrira as janelas? Quem levara
o fantasma da dor sempre ao meu lado?
Os antigos retratos, quem rasgara?

E acabei por fazer a descoberta:
- ela espantara as sombras do passado
e a luz entrara pela porta aberta!


J. G. de Araujo Jorge

3 comentários:

  1. Obrigada pelo carinho, tambem gosto de passar por aqui.
    Beijosss

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  2. Grande J.G. de Araújo Jorge. Belo soneto, com ênfase para o quarteto abaixo:

    Que ela havia chegado, eu nem sabia...
    Mas, pouco a pouco, e a data não importa,
    minha alma, por encanto, se conforta,
    e há risos pela casa...E há alegria...

    Realmente, quando o amor entra, a mudança é total.

    Beijos,

    Furtado.

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  3. "Quem abrira as janelas? Quem levara
    o fantasma da dor sempre ao meu lado?"

    Passando e deixando um abraço, Rosana

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