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sexta-feira, 20 de maio de 2011

Serenidade...



Meu coração é hoje um mar moreno
onde brincam sereias inocentes.
Peixes cegos do mar que o desnorteiam
calaram sua luz fosforecente.

Mesmo os mortos que pensam no meu sangue,
e me fazem andar torto de um lado,
ajudam-me a marchar, leve lembrança,
numa respiração transfigurada.

Afundo aos pés sem vê-los nos sargaços,
com os olhos postos longe, onde nem asas
cortam silêncios pelo céu que dorme.

Vem comigo nos barcos uniarbóreos.
Espera-nos a máquina do mundo
entre o folguedo astuto das baleias.


Odylo Costa,Filho

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