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quinta-feira, 26 de novembro de 2009
MINHA LIRA
MINHA LIRA
A um poeta
Aqueles versos nobres, eficientes,
Ofertados a mim por amizade,
São masdeválias róscidas, virentes,
E refletem a luz de uma verdade.
Busquei em vão estrofes resplendentes
Para te agradecer tanta bondade;
Mas para galgar píncaros luzentes,
A pobreza é o grilhão de uma vontade.
Como não tenho pérola ou pepita,
E sei que repudias a vaidade,
Falo ao teu coração que me acredita:
_ Minha lira é sem luz, sem claridade...
É amor que dentro d´alma canta, grita...
É o soluçar dorido da Saudade!
Tito Pereira
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