VISITANTES

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

A CARTA


A CARTA

Num momento de sonho
depositei minha carta escrita
sobre o tapete da esperança.

Pobre carta!... Jaz ao abandono!
Foi lida, relida pelo dono?

Palavras!...
Palavras sem som,
mágoas sem lágrimas
de poço sem águas;
linguagem incompreendida,
canto sem tons iguais...

A vida é isto - nada mais!...

Carta escrita e remetida
ao endereço errado...
- talvez o dono da missiva
nunca seja encontrado.



Zoraida Hostermann Guimarães
em 'Ainda há sol atrás da montanha'

Nenhum comentário:

Postar um comentário