A CARTA
Num momento de sonho
depositei minha carta escrita
sobre o tapete da esperança.
Pobre carta!... Jaz ao abandono!
Foi lida, relida pelo dono?
Palavras!...
Palavras sem som,
mágoas sem lágrimas
de poço sem águas;
linguagem incompreendida,
canto sem tons iguais...
A vida é isto - nada mais!...
Carta escrita e remetida
ao endereço errado...
- talvez o dono da missiva
nunca seja encontrado.Zoraida Hostermann Guimarães
em 'Ainda há sol atrás da montanha'
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