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quinta-feira, 24 de junho de 2010

MENDIGANDO


Tua mão estendida
Na vergonha do dia
Pedindo esmola do teu suor
Desistência do caminhar
No saco vazio da esperança
Onde sob o tecto da indeferença
Transpostas o manto do teu frio
Que te espreita coitado´
Recolhes-te humilde e expulso
Com grito de dor velinha
Prenhe de sangue
De vida´
E raizes sedentas
Chorando no colo da saudade
E no orvalho da alma de cada amanhecer
O encontro de desencontros
Mendigando

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by Jorge Pereira

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