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terça-feira, 13 de julho de 2010

DESPEDIDA


Ó minha singela amiga, ó beleza minha,
Pressinto que breve de ti estarei distante.
E como todo e qualquer carinhoso amante
Despeço-me, assim, nestas difusas linhas.
.
Sempre te quis como um dos mais doces alentos,
Que percorreram a minha vida por vaidade.
Mas hoje... Hoje falo com sinceridade:
Deixar a ti é o maior dos meus tormentos.
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Pois se à morte não se consagra oposição,
E se a vida termina numa noite sem fim,
Que fiquem os versos com teu amado coração.
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Porque deles e neles o que restou de mim
Dou-te por completo, e não só uma porção!
Dou-te o amor. O que sempre declarei. E fim.
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Carlos Pena Filho

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