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sexta-feira, 13 de agosto de 2010

VENTO DA MUDANÇA


Sinto o vento da mudança em meu rosto,
uma troca de pele fora de tempo,
sendo o vento a trazer o perfume desconhecido,
tornando as águas dentro de mim em lamento.

Como se eu pudesse controlar as estações,
misturo lugar e tempo, algo que não entendo...
acima do alcance da minha mente, da minha visão
mas que faz pulsar vorazmente meu coração.

Inquietude vã, pois o vento sopra onde quer,
e eu só diminuo a força do lume,
(querendo na verdade extingui-lo), move o meu
ser em discórdia com tempo, não remo contra a maré.

Aceito de bom grado a solidão... Novamente (!)
companheira e amiga da minha fé
dou a carta de alforria ao amor, porém, tristemente.

Peço que vá, é livre! leve seu amor e não lamente,
vives-te em mim o tempo necessário,
para não ser esquecido, infelizmente.

Deixe o frescor deste vento que me muda,
amadurecer dentro de mim a sua ausência,
sem lágrimas nem retorno... E sem clemência.


Silviah Carvalho

2 comentários:

  1. Olá Mara! Passando para te desejar um ótimo final de semana e dizer que amei o poema, principalmente a estrofe abaixo:

    Como se eu pudesse controlar as estações,
    misturo lugar e tempo, algo que não entendo...
    acima do alcance da minha mente, da minha visão
    mas que faz pulsar vorazmente meu coração.

    Beijos,

    Furtado.

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  2. Não é querer replicar,
    mas gostei do poema, mas não dos versos
    que seguem...
    'Peço que vá, é livre! leve seu amor e não lamente,
    vives-te em mim o tempo necessário,
    para não ser esquecido, infelizmente.'

    Xau linda

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