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segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Lembrança do Velho Pai


- Lembro do velho pai,
Gaúcho de nascimento
usando bombachas largas,
chapéu e boina negra.
- E no clarear do dia,
sentado a beira de um fogo de chão,
cevará o mate amargo,
da tradição.



- E o velho pai,
que na lida campeira,
usava laço e boleadeiras,
para laçar o gado redomão.
- E ao cair da tarde,
tomava um trago de canha
para tirar o pó da garganta,
para cantar e tocar
xote, bugio e vaneirão.




- Tu que foste orgulho dos gaúchos,
lutaste em todos os pagos,
sem deixar cair o afago
que tinhas dentro de ti.
- Partiste para o céu,
deixando aqui teu filho
fiel e amigo
com o coração cheio de saudade
mas não importa a eternidade
mandarei rezar uma prece
à Virgem Maria, que lhe oferece,
e que te abençoes todos os dias
com seu santo véu sagrado
lá na estância do céu.




- Mas, pra fim de conversa
vou te dizer velho pai,
tu que me ensinaste o caminho
da verdade
e me deste tantas felicidades
e hoje só me restam recordações.


Jack Jean Pierrô Venturini
(versos gauchescos)

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