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quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Crepuscular


Crepúsculo da tarde, esta agonia
de cores meigas e de luz magoada
não a compreende a mente rude e fria,
onde a ilusão e a dor não têm pousada.

Mas à alma sonhadora e amargurada
bem familiar é a tua nostalgia:
- Efêmera saudade eternizada
na velhice infantil de cada dia ...

Cada dia a morrer eternamente,
é como o sol que agora já não arde
esta minha alegria descontente.

Ante o cair da noite muda e calma,
é como tu, crepúsculo da tarde,
sempre triste gêmeo de minha alma ...


José Lannes

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