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quarta-feira, 4 de novembro de 2009

CLAUDE LÉVI-STRAUSS... SE VAI

Claude Lévi-Strauss (Bruxelas, 28 de novembro de 1908 — Paris, 30 de outubro de 2009) foi um antropólogo, professor e filósofo francês. É considerado fundador da antropologia estruturalista, em meados da década de 1950, e um dos grandes intelectuais do século XX.
Professor honorário do Collège de France, ali ocupou a cátedra de antropologia social de 1959 a 1982. Foi também membro da Academia Francesa - o primeiro a atingir os 100 anos de idade.
Desde seus primeiros trabalhos sobre os povos indígenas do Brasil, que estudou em campo, no período de 1935 a 1939, e a publicação de sua tese As estruturas elementares do parentesco, em 1949, publicou uma extensa obra, reconhecida internacionalmente.
Dedicou uma tetralogia, as Mitológicas, ao estudo dos mitos, mas publicou também obras que escapam do enquadramento estrito dos estudos acadêmicos - dentre as quais o famoso Tristes Trópicos, publicado em 1955, que o tornou conhecido e apreciado por um vasto círculo de leitores.

Wikipédia



Homens como ele não deveriam morrer nunca. Nem envelhecer. Fiquei triste quando vi Lévi-Strauss pela última vez na tevê, já com mais de cem anos, esquálido, com Parkinson, numa cadeira de rodas, se não me engano. Uma imagem deprimente que não lembra em nada aquele pesquisador vigoroso que se embrenhava florestas adentro para fazer suas pesquisas, que teve fôlego para escrever dezenas de obras-primas. E marcou seu nome, para sempre, na história do pensamento contemporâneo com suas pesquisas.
Lévi-Strauss era um mito para mim e para toda a minha geração. Com o tempo, foi se tornando cada vez mais pessimista com relação ao futuro da humanidade e alguém duvida que ele estivesse certo? Quem, em sã consciência, ousaria desafiá-lo? Nos últimos anos, quase não dava entrevistas, mas nas poucas que concedeu e que tomei conhecimento, não se cansava de falar da explosão demográfica e outras explosões.
Vindo de quem vinha, dá um medo enorme. Lévi-Strauss se foi...estava na hora. Cem anos está de bom tamanho, mas, repito, homens como ele, não deviam morrer nem envelhecer. Tudo que não sei dizer sobre ele mas gostaria de ter dito está em artigo assinado por Rafael Cariello na Folha de São Paulo.





“O sábio não é o homem que fornece as verdadeiras respostas; é quem faz as verdadeiras perguntas”.




“O dia em que se chegar a compreender a vida como uma função da matéria inerte será para descobrir que ela possui propriedades diferentes das que lhe atribuíam”.



O homem é uma espécie passageira que deixará apenas alguns traços de sua existência quando estiver extinta".




“Meu único desejo é um pouco mais de respeito para o mundo, que começou sem o ser humano e vai terminar sem ele”.



"Estamos num mundo ao qual já não pertenço. O que eu conheci, o que eu amei, tinha 1,5 bilhão de habitantes. O mundo atual tem 6 bilhões de humanos. Já não é o meu mundo".

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