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segunda-feira, 2 de novembro de 2009

NÃO CHOREIS NUNCA OS MORTOS ESQUECIDOS


Não choreis nunca os mortos esquecidos
Na funda escuridão das sepulturas.
Deixai crescer, à solta, as ervas duras
Sobre os seus corpos vãos adormecidos.

E, quando à tarde, o Sol, entre brasidos,
Agonizar… guardai, longe, as doçuras
Das vossas orações, calmas e puras,
Para os que vivem, nudos e vencidos.

Lembrai-vos dos aflitos, dos cativos,
Da multidão sem fim dos que são vivos,
Dos tristes que não podem esquecer.

E, ao meditar, então, na paz da Morte,
Vereis, talvez, como é suave a sorte
Daqueles que deixaram de sofrer.


Pedro Homem de Mello

2 comentários:

  1. Lembrai-vos dos aflitos, dos cativos,
    Da multidão sem fim dos que são vivos,
    Dos tristes que não podem esquecer.

    Gostei mesmo!

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  2. Amiga:

    Texto muito forte parabèns pela escolha!

    E, ao meditar, então, na paz da Morte,
    Vereis, talvez, como é suave a sorte
    Daqueles que deixaram de sofrer.

    Pedro Homem de Mello


    *****

    Obrigado pela visita!

    Vim lhe retribuir e lhe desejar uma Semana chèia de realizações

    Os mèus melhores comprimèntos


    Antònìo Manuel

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