ABRO-ME
Abro-me!
E, olhando o céu,
me vou,
ave sem asas
ao sabor da aragem
que o pensamento me sopra,
inconstante e leve,
rumo ao azul;
Mergulho infinito
ao meu eu interior.
E já não estou!
E já não sou
senão a projecção do longe,
que absorve a distância,
se repete,
e se perde no esquecimento.
E, sendo eu,
de novo,
Fecho-me!VITOR CINTRA
Nenhum comentário:
Postar um comentário