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quinta-feira, 8 de julho de 2010

REFLEXÃO


Ao escrever contei as penas
Da minh'alma amargurada;
Não são grandes, nem pequenas,
São as minhas, só, mais nada.

No papel pus o sentido
Dado às coisas desta vida;
Nunca o tempo foi perdido
Por ser gasto nesta lida.

Talvez quem, um dia, leia
O que escrevo, nesta hora,
Sinta o mesmo que eu, agora.

Depois de uma vida cheia
De trabalhos e desgostos,
Quem deseja ter opostos?


VITOR CINTRA

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