Ainda um desejo:
tarde a findar,
deixai que eu morra
à beira-mar.
Um sono calmo
no bosque ameno
vizinho às águas
e ao céu sereno.
Não quero tumba,
mas dai-me um leito
de tenras ramas.
Ninguém deplore
minha viagem,
mas traga o outono
voz à folhagem,
enquanto as fontes
caiam constantes
e brilhe a lua
nas altas frondes...
Luzes que nascem
das sombras lindas,
sendo-me amigas,
serão benvindas,
E o mar gemendo
seu aspro canto...
Eu serei terra,
Sozinho ...e quanto!Mihai Eminescu (1850-1889)
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