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sábado, 8 de janeiro de 2011

Meu Amor, Meu Amor....


Meu amor meu amor
meu corpo em movimento
minha voz à procura
do seu próprio lamento.

Meu limão de amargura meu punhal a escrever
nós paramos o tempo não sabemos morrer
e nascemos nascemos
do nosso entristecer.

Meu amor meu amor
meu nó e sofrimento
minha mó de ternura
minha nau de tormento

este mar não tem cura este céu não tem ar
nós paramos o vento não sabemos nadar
e morremos morremos
devagar devagar.....

José Carlos Ary dos Santos

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