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domingo, 18 de abril de 2010

LACRADO CORAÇÃO


Sem ar chego perder
os sentidos, ergueram-se
muros de pedra à minha volta.
Daqui, só posso olhar o céu.

Muros imensos, chegam
às alturas, quem o faria?
Ando em volta tentando
entender, não vi ninguém.

Paredes grossas levantadas,
não consigo ouvir barulho
do outro lado a não ser
martelos batendo pregos.

Deve ser o imenso portão
colocado, mas não tenho
chaves que o abram, lacrado,
assim, como meu coração.


Marta Peres

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