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terça-feira, 1 de junho de 2010

ANALOGIA


Amo o Inverno assim triste, assim sombrio,
lembrando alguém que já não sabe amar;
e sempre, quando o sinto e quando o espio,
julgo-te eterizado, esparso no ar.
Afoita, a alma do Inverno desafio,
para inda te querer e te pensar...
para gozá-lo e gozar-te, que arrepio!...
que semelhança em ambos singular!...
Loucura pertinaz do meu anelo:
— emprestar-te, emprestar-lhe uma emoção,
— pelo mal de perder-te querer tê-lo...
Amor! Inverno! Minha aspiração!
quem me dera resfriar-me no teu gelo!
quem me dera aquecer-te em meu verão!...


Gika Machado

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