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sexta-feira, 27 de agosto de 2010
A vida
A alvorada foi risonha;
Ergueste-te como o dia,
Eu fiz, naquela alvorada,
Uma alegre profecia.
Inda radiava fulgente
Vénus, a saudosa estrela,
Ja tu ornavas as trancas
E cantavas à janela.
E dos laranjais vizinhos
Os rouxinóis acordados
Respondiam-te com trino s
Da tua voz namorados.
Dos virentes jasmineiros,
Que a Primavera enflorava,
Vinha cheio de perfumes
O vento que te beijava.
Quem dissera então ao ver-te
Nessa risonha alvorada,
Que a noite, estrela cadente,
Serias inanimada?
Júlio Dinis
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Uma vida muito bem versejada...
ResponderExcluirBela postagem Mara!
Beijos,
RO