VISITANTES

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Rosas Desfolhadas



Rosas, ó rosas desfolhadas,
De tantas recordações amorosas,
Marcam as páginas amareladas
No meio do livro silenciosas.

Os poemas, no livro aprisionados,
Vertem lágrimas de sangue
Sob as pétalas, olhos estagnados,
Da folha de papel exangue.

Pétalas que inspiraram meus sonetos,
Notas que ritmaram meus cantos,
Hoje são apenas esqueletos
Dispostos em vários cantos

Dum jardim sem vivacidade,
Porque se foi num raio de lua
Para o céu da minha saudade
O meu amor deixando na rua,

Refletido numa poça d’água,
Seu rosto firme de traços bonitos,
Na testa fundos vincos de mágoa
Lembrando dores de velhos atritos.

E só restaram as rosas ressecadas,
Rosas, rosas, rosas e mais rosas,
Entre as folhas do livro abandonadas
Sufocando as estrofes suspirosas.


Maria Hilda de J. Alão

3 comentários:

  1. Mara, poesia e imagens belíssimas! Parabéns pela postagem! Meu carinho de sempre! Beijo azul! RO

    ResponderExcluir
  2. Olá Mara! Passando para agradecer a visita e o comentário, como também, apreciar um belo poema, com ênfase para a estrofe abaixo:

    Os poemas, no livro aprisionados,
    Vertem lágrimas de sangue
    Sob as pétalas, olhos estagnados,
    Da folha de papel exangue

    Beijos e ótima semana pra ti e para os teus.

    Furtado.

    ResponderExcluir
  3. Minha linda amiga adorei o poema que me deixou, mas hoje só estou passando para lhe desejar um dia muito feliz com beijinhos de luz e muita paz nos seus dias.

    ResponderExcluir