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sexta-feira, 5 de março de 2010

OCULTA DE MIM



Ausente de ti,
Não sei mais do amor,
Da saudade, da tristeza,
Da dor, da alegria,
Muito menos da euforia...

Oculta de mim,
Nada sei da paz,
Da felicidade, da bondade,
Do afeto, da doçura,
Muito menos da candura...

Ausente de ti,
Oculta de mim,
Sem protesto,
Afogada no mar do vir-a-ser,
Com as emoções queimadas,
Por descuido que pousaram,
Nos sonhos do amor imaginário,
Sou a serenidade nua, dourada,
De quem nada mais espera...

Nós, ausentes e ocultos de nós,
Mortalmente feridos,
Pelos golpes dos remorsos,
Sem invocar as sagas do que fomos,
Despidos das fantasias,
Não somos mais nada...


Sperazzo

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