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domingo, 4 de abril de 2010

SONETO XIII



Emudeci ao vê-la, assim, chorando...
As lágrimas, demais sofridas, correm
Na face áurea, com nimbos disfarçando
O pranto triste, das mágoas que escorrem.

Entristeci-me com vê-la falando
Às estrelas, no escuro céu: «Não chorem!
Eu sou assim, e assim vou, p’ra sempre, amando...
E as tristezas, um dia, vão-se... Morrem!»...

Fitei-a: Lua, por que tu choras tanto?
Dize-me a razão para este teu pranto!
Aos soluços, a Lua, branca, linda,

Fala-me, com ternura: «É este amor...
Que avassala, que impõe à alma o temor
De ter uma saudade que não finda!»...


(Herbert Haeckel)

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