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segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Caleidoscópio


Revirando a gaveta da escrivaninha,
lembrei-me de ti por um instante,
achei-o jogado num dos cantos,
desbotado, mas até que não tão gasto,
aquele, meu velho calidoscópio.

Por inferência logo me veio à baila,
do meu passatempo preferido,
nos chuvosos dias longos de inverno,
ou dentro do meu quarto, em castigo,
por causa de alguma grande travessura.

Na gaveta, todas as referências,
perdidas naquele espaço do tempo.
Eu absorto, nas lembranças vindas,
ao ler as folhas de caderno amareladas,
escritas por mim na adolescência.
(...)
Hoje aqui estou eu velho poeta,
poetizando a lua e as estrelas,
navegando entre mares imaginários,
guardando escritos desordenados,
Poemas como se fossem relicários.

José Silveira

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