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terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Longe


Entre o longe dos teus olhos
E a distância das raízes,
Lembro dias mais felizes
Longe deste mar de escolhos.
.
Lembro um tempo, sem idade,
Julgo ouvir-te e o que me dizes.
-Turbilhão de tantas crises,
Toda a minha mocidade -.
.
Vejo, imagem da saudade,
O teu rosto, sorridente,
Que me anima docemente;
.
E, vivendo a crueldade
Dum deserto de distância,
Sinto a dor da minha ânsia.

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Vítor Cintra

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