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segunda-feira, 22 de março de 2010

SEDENTA DE TI


Olho p'ro céu, que tanto me declamava estrelas
Não as encontro mais... Infinito vazio! Minhas
Pequenas mãos não conseguem ascendê-las
E a noite me atravessa... Gumes de calafrios!

Brisa... D'antes carícia, dedos em meus cabelos
Ora geme no telhado, ciscando desespero
Desgrenha as roseiras, rasga os cheiros da manhã
Sedenta do teu orvalho... Um gole, traço ligeiro!

Hálito da tua estrada... Poeira! E o sonho na
Algibeira! Como chegaste, partiste... Águas
D'um manso rio, quebradas na cachoeira!

Estrelas tão nossas... Das trevas reféns
Flores que estremeci a cada olhar de ti! Camélias
E bem-te-vis quedando-se aos teus poréns! E...

A vida!? Ah! A vida sem fôlego, um nada! Sepulto.


Iza

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