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sábado, 27 de março de 2010
SONETO IMPERFEITO PARA UM AMOR BANAL
Quisera tecer um tapete,
- Qual Penélope a esperar Ulisses -,
Com um tênue fio azul celeste:
A cor das mentiras que me dizes.
Milhares, porém, são meus enganos.
Infinitas, do amor, as possibilidades.
Demasiados, os meus pobres anseios
E as minhas tolas perplexidades,
Que, a cantar, me obrigam:
- na intensa e fria madrugada -
Uma canção desmesuradamente vâ:
Retrato de um amor banal;
Um desses, que se inventam do nada
E, sem nem começar, encontram ponto final.
J. L. Santos
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