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quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Tenho Urgência...


Tenho urgência de ti, meu amor.
Para me salvar da lama movediça de mim mesmo.
Para me tocar, para me tocar e no toque me salvar.
Preciso ter certeza que inventar nosso encontro sempre foi pura emoção, não mera loucura.
Ah, imenso amor desconhecido.
Para não morrer de sede, preciso de você agora,
antes destas palavras todas cairem no abismo dos jornais não lidos
ou jogados sem piedade no lixo.
Do sonho, do engano, da possível treva e também da luz, do jogo, do embuste:
preciso de você para dizer eu te amo outra e outra vez...
Como se fosse possível,
como se fosse ontem e amanhã.


Caio Fernando Abreu

3 comentários:

  1. Ah, imenso amor desconhecido.
    Para não morrer de sede, preciso de você agora,

    Bonito poema...
    Beijo

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  2. Se tu amas uma flor que se acha numa estrela,
    é doce, de noite olhar o céu. Todas as estrelas estão floridas.

    Saint Exupéry

    Saudações Poéticas!Sempre Beijos! M@ria

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