VISITANTES

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Tormentas


Ouço lá fora o ruído da tormenta
e através do emabaciado da vidraça
- vejo um clarão que as nuvens despedaça
ao rimbombar de uma explosão violenta...

Há uma luta de massa contra massa
na amplidão que rasga e se arrebenta,
- e o vento chora, e o vento geme, e o vento passa,
e o vento grita, e o vento brada, e o vento venta...

E eu só... sozinho... este meus versos faço...
- Que bem me faz ver os clarões no além
como nervos de luz brechando o espaço...

E o que sinto - ninguém, certo, advinha,
só eu mesmo, talvez, porque sei bem
que ante essa outra tormenta esqueço a minha !


J.G. Araujo Jorge

Um comentário: