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segunda-feira, 24 de maio de 2010

O SOL QUE ESPREITO


Deita-te tardio
nos algodões brancos
que preparei,
já a pensar no sonho
Come regalado
dos meus lábios
avermelhados de febre
que não se debatem
Mas não me interrompas
o silêncio
Saboreia o meu corpo
estendido
Pisa meu peito
contra o teu
num ritmado tambor
que abafo
no meu respirar
asfixiado
mas não me perguntes
se tive orgasmos..
pelas brechas do quarto
entra a luz
do sol que esqueço
agora escrevo

by Jorge Pereira

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