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sexta-feira, 28 de maio de 2010

UM POETA


É um amigo
Nas mãos do sonho
E no canto da melodia
Povo de arados
E enxadas de colheitas
Depositadas no horizonte
No vento do espigueiro
De alma gemendo na bravura
A cada golpe de enxada
Manhã de esperança
Rasgada pelo arado
Cavada nas entranhas
Do choro do poeta
Pão de ontem
Que tua vida-Criança
De olhos sentados no vazio
vai esperando a solidão


by Jorge Pereira

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